Exército pronto a ter militares no terreno durante a época de incêndios florestais
O Exército português está preparado para ter militares no terreno, no apoio às populações e bombeiros, durante a próxima época de incêndios florestais, garantiu hoje o Ministro da Defesa Nacional.
João Gomes Cravinho assegurou essa capacidade durante uma visita à Escola Prática dos Serviços, na Póvoa de Varzim, onde verificou alguns dos meios alocados ao Plano de Apoio Militar de Emergência, mostrando confiança na versatilidade das forças armadas em manter as acções de combate à propagação da covid-19 e, também, as missões de prevenção e combate aos incêndios florestais.
“Sinto o Exército preparado e motivado para continuar a dar um contributo importante aos portugueses. Vamos, provavelmente, ter uma época de incêndios em que ainda estaremos conviver com a pandemia de covid-19, mas os militares serão uma parte importante na resposta que o país pode dar a essa conjugação”, disse o governante.
Sobre a possibilidade do Exército integrar missões de fiscalização nas ruas durante o período de verão, e nomeadamente no âmbito da época balnear, o ministro da Defesa lembrou que “as forças armadas não estão vocacionadas para manutenção da ordem pública”.
“Essa é uma missão que cabe às forças de segurança. As regras para a época balnear serão definidas nos próximos dias, e além do papel das Câmaras Municipais, as capitanias de Porto e Polícia Marítima, ambas sobre a alçada do ministério da Defesa, terão um papel importante. O Exército, além das suas missões habituais, tem dado o seu contributo nesta pandemia, em missões que terá de continuar a desenvolver”, vincou o ministro.
João Gomes Cravinho elogiou, ainda, “a grande capacidade de adaptação das forças armadas num contexto de incerteza” e garantiu que o esforço feito no combate à disseminação da covid-19 não vai abrandar.
“A capacidade de adaptação das forças armadas é algo que deve deixar os portugueses orgulhosos. Em pouco tempo colocamos uma série de equipas no terreno que não estavam formadas. Dou exemplo dos elementos que agiram nas acções desinfecção, que, em algumas semanas, passaram de 5 equipas para 80”, partilhou o ministro.
João Gomes Cravinho disse esperar “que dentro de poucas semanas a necessidade de intervenção das forças armadas [no âmbito da covid-19] seja menor”, mas garantiu “que estarão sempre preparadas para necessidade de agir”.