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Governo avisa peregrinos de Fátima que polícias “tomarão as medidas necessárias”

Foto JN
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O ministro da Administração Interna desaconselhou hoje os peregrinos a deslocarem-se a Fátima para as celebrações do 13 de maio devido à atual situação de pandemia e avisou que as forças de segurança “tomarão as medidas necessárias”.

“Queria em nome do Governo associar-me aos pedidos que a igreja católica tem feito para que este ano as tradicionais peregrinações de 12 e 13 de maio em Fátima sejam vividas de forma diferente e adequadas aos tempos tão especiais que estamos a viver”, disse Eduardo Cabrita no final da primeira reunião da estrutura de monitorização da situação de calamidade.

Em conferência de imprensa, o ministro precisou que “as peregrinações a pé a caminho de Fátima não são adequadas” ao momento que se vive e que “as forças de segurança estão a monitorizar essa situação”.

Eduardo Cabrita acrescentou que foi publicado um despacho do Governo sobre as celebrações de 13 de maio que são limitadas “àqueles que são celebrantes ou que apoiem essa celebração”.

“Por isso, as forças de segurança, em colaboração com os responsáveis pelo santuário de Fátima, diocese de Leiria-Fátima e com a autarquia local, tomarão as medidas necessárias para assegurar a realização das celebração no modo que foi anunciado”, frisou ainda.

Um despacho publicado na quinta-feira no Diário da República, assinado pelos ministros da Administração Interna e da Saúde, refere que podem estar presentes “celebrantes e demais elementos necessários à celebração, convidados do santuário de Fátima e respetivos funcionários, os quais devem observar o distanciamento físico de dois metros entre si”.

Coordenada pelo ministro da Administração Interna, a estrutura de monitorização da situação de calamidade integra representantes das forças e serviços de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, bem como os Secretários de Estado das áreas governativas da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Presidência do Conselho de Ministros, da Defesa Nacional, da Justiça, da Administração Pública, da Educação, da Segurança Social, da Saúde, do Ambiente, das Infraestruturas e Habitação e da Agricultura.

Portugal está desde domingo em situação de calamidade devido à pandemia de covid-19, depois de 45 dias em estado de emergência, que vigorou entre 19 de março e 02 de maio.

Portugal regista hoje 1.114 mortes relacionadas com a covid-19, mais nove do que na quinta-feira, e 27.268 infetados (mais 553), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

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