>
Mundo

Muitas crianças não comem o suficiente nos EUA desde o início da pandemia

Foto EPA/Alba Vigaray
Foto EPA/Alba Vigaray

Cerca de uma em cada cinco crianças não come o suficiente nos Estados Unidos desde o início da pandemia de covid-19, de acordo com um relatório publicado ontem por uma instituição norte-americana.

O Brookings Institution analisou os resultados de dois estudos nacionais recentes para medir o impacto da pandemia de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Num desses dois estudos, em entrevistas, 17,4% das mães de crianças com 12 anos ou menos disseram que não podiam alimentar suficientemente os seus filhos por falta de dinheiro.

“É evidente que as crianças mais jovens sofrem de insegurança alimentar num grau sem precedentes nos tempos contemporâneos”, observou Lauren Bauer, investigadora que redigiu o relatório para a Brookings Institution.

“A insegurança alimentar em famílias com crianças abaixo de 18 anos aumentou 130% em relação a 2018”, disse Lauren Bauer.

Alguns pais são forçados a reduzir as porções dos pratos ou até mesmo a pular refeições dos filhos, advertiu a investigadora.

Isso decorre devido à interrupção dos programas de distribuição de refeições nas escolas, fechadas por causa da pandemia, explicou, pedindo às autoridades para que ajudem essas populações desfavorecidas.

Pelo menos 30 milhões de norte-americanos pediram subsídios de desemprego desde o início da pandemia.

A taxa de desemprego de abril, a ser anunciada na sexta-feira, pode aproximar-se de 20%, um nível nunca alcançado no país desde a Grande Depressão da década de 1930.

Os Estados Unidos registaram um total de mais de 1,2 milhão de casos de novos coronavírus, com quase 73.000 mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Fechar Menu