8% das famílias madeirenses vivem com falta de espaço
Há uma ligeira melhoria face a 2018, segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado para todo o país, mostra que as famílias madeirenses viviam em 2019 ligeiramente mais desafogadas do que em 2018. Pelo menos no que toca ao número de pessoas a viver na mesma casa, se no ano anterior 9% das famílias viviam em casas sobrelotadas, em 2019 essa percentagem baixara ligeiramente para 8,3% a viverem com falta de espaço.
A nível nacional, a média era de 9,5% das pessoas que viviam em alojamentos com sobrelotação, valor ligeiramente inferior ao de 2018 (9,6%), segundo dá conta o Instituto Nacional de Estatística, no estudo divulgado esta quinta-feira.
“A sobrelotação da habitação afectava principalmente os residentes na região do Algarve (17,8% dos residentes) e na Região Autónoma dos Açores (15,7%), que representavam mais do dobro ou quase o dobro quando comparadas as percentagens dos lares madeirenses com excesso de gente a viver.
“Cerca de 4,1% dos residentes viviam em condições severas de privação habitacional, ou seja, para além de sobrelotado, o alojamento em que viviam tinha pelo menos um dos seguintes problemas: não existência de banho ou duche ou de sanita com autoclismo no interior do alojamento, infiltrações ou humidade no teto, paredes, janelas ou soalho; luz natural insuficiente num dia de sol”, isto em termos da média nacional.
Apenas três regiões tinham percentagens abaixo da média nacional, e nenhuma delas era a Madeira, que apresentava uma taxa de 4,5%, sendo os Açores a região com mais famílias a viver em privação (8,7%), quase o dobro desta região insular. Refira-se que todas as regiões, excepto a que recebe a capital do país, Área Metropolitana de Lisboa, registarem melhorias neste indicador de qualidade de vida, com a Madeira a baixar 1,2 pontos percentuais face aos 5,7% do ano anterior.
“A carga mediana das despesas em habitação foi de 11,0% em 2019, menos 0,7 p.p. que no ano anterior”, isto à média nacional. Na Madeira este indicador foi de 10,8, menos um ponto percentual que um ano antes (11,8%). Ou seja, passamos de estar acima da média nacional para inferior à média nacional, o que é um indicador positivo.
“A taxa de sobrecarga das despesas em habitação, ou seja a percentagem de pessoas que vivem em agregados familiares em que o rácio destas despesas em relação ao rendimento é superior a 40%, foi de 5,7% em 2019, idêntico ao registado em 2018. A proporção de pessoas afectadas pela sobrecarga das despesas com a habitação é mais elevada na região do Algarve, na Área Metropolitana de Lisboa e na Região Autónoma dos Açores”, com a Madeira a apresentar um agravamento deste indicador, de 5,9% para 6,5%.