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Brasil regista recorde diário de 600 mortes e totaliza 7.921 óbitos

Foto EPA/RAPHAEL ALVES
Foto EPA/RAPHAEL ALVES

O Brasil registou ontem o recorde diário de 600 mortes associadas ao novo coronavírus, totalizando 7.921 óbitos desde o início da pandemia no país, informou o Ministério da Saúde.

O recorde anterior era de 474 mortes registadas num único dia, em 28 de abril, quando o Brasil ultrapassou a China no número total de vítimas mortais pela covid-19.

Em relação ao número de infetados, o país sul-americano contabilizou 6.935 novos casos nas últimas 24 horas, num total de 114.715 casos confirmados.

O aumento no número de mortes no Brasil foi de 8%, passando de 7.321 na segunda-feira para 7.921 na terça-feira. Em relação ao número de infetados, o crescimento foi de 6%, passando 107.780 para 114.715 casos confirmados.

De acordo com especialistas, os números reais no Brasil devem ser ainda superiores, tendo em conta a baixa oferta de testes no país, assim como a subnotificação da doença.

O Ministério da Saúde indicou, no seu ‘site’, que a maioria das mortes contabilizadas na terça-feira é referente a outros períodos, mas que foram inseridas apenas agora.

“Assim, nas últimas 24 horas ocorreram, de facto, 76 óbitos”, indicou a tutela.

A taxa de letalidade da doença no país está agora em 6,9%, estando ainda a ser investigada uma eventual ligação de 1.579 mortes com a covid-19.

O executivo brasileiro deu ainda conta da recuperação de 48.221 doentes, sendo que 58.573 continuam sob acompanhamento.

São Paulo, epicentro da covid-19 no país, totaliza oficialmente 2.851 mortos e 34.053 infetados.

Seguem-se Rio de Janeiro, com 1.123 óbitos e 12.391 infetados, Ceará, com 795 mortos e 11.470 infetados, Pernambuco, 749 vítimas mortais e 9.325 casos, e Amazonas, com 649 mortes e 8.109 pessoas diagnosticadas com covid-19.

Por regiões, o sudeste brasileiro, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, é a região mais afetada do país, com 52.298 casos da doença. Contudo, os casos no nordeste dispararam nos últimos dias, concentrando 35.641 casos de confirmados.

No lado oposto está o centro-oeste, que totaliza 3.388 casos de infeção pelo novo coronavírus.

O secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou na terça-feira, em conferência de imprensa, em Brasília, que cerca de 100 mil testes já realizados para a covid-19 estão ainda com resultados pendentes e não entraram nas contas da tutela.

“Nós não temos os dados de todos os laboratórios privados, pelo menos as grandes redes têm mais de 100 mil exames que não entraram no sistema”, disse Wanderson Oliveira.

O secretário recusou-se a estimar quando será o pico da doença no país, mas afirmou que essa informação será conhecida nos próximos três meses.

A cidade brasileira de Fortaleza, capital do Ceará, entrará a partir de sexta-feira em confinamento obrigatório, com bloqueio de serviços não essenciais e da circulação de pessoas (’lockdown’), após um aumento no número de casos de covid-19.

Quatro cidades do estado brasileiro do Maranhão tiveram ontem o seu primeiro dia de ‘lockdown’, após a justiça determinar essa medida para conter o avanço da pandemia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 254 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

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