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Rússia é agora o quinto país mais afectado na Europa

Foto EPA/YURI KOCHETKOV
Foto EPA/YURI KOCHETKOV

A Rússia tornou-se hoje o quinto país da Europa mais afetado pelo novo coronavírus, após ter registado mais de 10.000 novos casos pelo quarto dia consecutivo, segundo dados oficiais.

De acordo com os dados divulgados pelas autoridades russas, o país registou 10.559 novos casos nas últimas 24 horas, totalizando agora 165.929.

A Rússia é agora o quinto país mais afetado na Europa e o sexto a nível mundial, segundo números divulgados pela AFP.

Em contrapartida, o número de mortos com covid-19 naquele país, 1.537 pessoas, permanece relativamente baixo quando comparado com o Reino Unido (29.427 mortos e perto de 200 mil casos diagnosticados), Itália (29.315 mortos, mais de 213 mil casos), Espanha (25.857 mortos, mais de 220 mil casos) e França (25.531 mortos, mais de 170 mil casos).

De acordo com as autoridades daquele país, a baixa taxa de mortalidade dever-se-á a uma série de medidas tomadas de forma atempada: encerramento das fronteiras, mais de quatro milhões de testes realizados e preparação dos hospitais para a situação de pandemia, em particular em Moscovo, principal foco da doença.

Apesar disso, tem havido vozes críticas que põem em causa a exatidão dos números oficiais divulgados.

Hoje, o Presidente, Vladimir Putin, deverá participar numa reunião por videoconferência para discutir a possibilidade de levantar progressivamente as restrições em algumas regiões russas, a partir de 12 de maio, num país que está em confinamento há mais de um mês.

As autoridades russas sublinharam, no entanto, que o confinamento, iniciado no final de março, poderá ser prolongado ou reforçado em algumas regiões, em função da evolução da situação epidemiológica após a abertura.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 254 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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