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País

Azul-claro das máscaras cirúrgicas domina no primeiro plenário da Assembleia da República

As máscaras cirúrgicas azul-claras estavam hoje em clara maioria entre os deputados, no primeiro plenário desde que este equipamento de protecção individual se tornou obrigatório na Assembleia da República.

No início dos trabalhos eram mais de 70 os deputados presentes no plenário, quando as regras ainda em vigor recomendam que possa funcionar apenas com um quinto dos parlamentares (46).

No entanto, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, alertou que se registava um problema informático que estava a impedir o registo de deputados, que apenas ficou resolvido cerca de vinte minutos mais tarde.

“Foi resolvido o problema informático de registo de presenças, com as consequências que daí derivam”, informou Ferro Rodrigues, num `recado´ seguido por alguns parlamentares que começaram a sair da sala.

Se a opção pela máscara cirúrgica descartável foi a dominante, alguns deputados recorreram a máscaras com um nível mais elevado de protecção, enquanto um ou dois apenas usavam viseira e o socialista Sérgio Sousa Pinto acumulava os dois equipamentos.

As máscaras sociais, apesar de em minoria, deram um ou outro colorido à Sala das Sessões, pontuada com máscaras vermelhas, laranja, pretas e até com motivos, como foi o caso das escolhidas pela deputada não inscrita Joacine Katar Moreira ou dos deputados da JSD Margarida Balseiro Lopes e Alexandre Poço.

Seguindo a excepção decidida hoje pela conferência de líderes, os oradores em plenário - quer os membros do Governo, quer os deputados a partir da bancada - retiraram as máscaras na altura de intervir.

Nem todos os deputados seguiram escrupulosamente as regras de utilização de máscaras e ainda se viram alguns narizes à mostra e uma ou outra puxada para o queixo, ainda que por breves instantes.

Na Mesa, o presidente da Assembleia da República não retirou a máscara, mesmo quando usou da palavra.

Fora do plenário, a máscara foi também a regra em todo o edifício do Palácio de São Bento, apenas com as naturais excepções dos bares e do refeitório do parlamento.

Na segunda-feira, um despacho do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, determinou que, devido à covid-19, não será permitida a entrada, circulação ou permanência nas instalações do parlamento “a quem não usar máscara social ou cirúrgica devidamente colocada (podendo esta ser substituída por viseira)”, aplicando-se a todos: deputados, membros do Governo, funcionários e qualquer cidadão que queira entrar no edifício.

No entanto, a conferência de líderes parlamentares decidiu hoje que não será obrigatória a utilização de máscara de protecção individual no “uso da palavra” no plenário ou em comissões da Assembleia da República.

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