José Manuel Rodrigues enaltece trabalho das instituições e apela à solidariedade dos madeirenses
“A Madeira irá atravessar a maior crise económica e social das nossas vidas, o que vai traduzir-se no encerramento de muitas empresas, num aumento exponencial do desemprego e num crescimento da pobreza, talvez como nunca vimos nos últimos anos”.
As palavras são do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira e foram proferidas esta manhã, durante uma visita ao Banco Alimentar Contra a Fome (BA).
Na ocasião José Manuel Rodrigues enalteceu o trabalho das instituições de solidariedade social, que considera serem “a grande arma que o sector público tem para acudir às pessoas que vão cair na miséria e na fome”.
Por outro lado, o presidente do principal órgão de governo próprio da Região alertou para o aparecimento de novas classes de pobres, devido à perda de empregos e rendimentos e reiterou o “papel crucial” do Banco Alimentar Conta a Fome no apoio a cerca de 50 instituições, que “estão no terreno e que apoiam directamente os cidadãos e as famílias”.
José Manuel Rodrigues deixou também um apelo à solidariedade dos madeirenses. “Sei que uma grande maioria dos madeirenses está a atravessar enormes dificuldades face à paralisação económica, mas sei também que alguns madeirenses estão em melhores condições económicas, eu gostaria de apelar a esses que podem ajudar que ajudem o Banco Alimentar Contra a Fome, que ajudem as instituições particulares de solidariedade social que se dedicam ao combate à pobreza e à exclusão social para que não venhamos a ter períodos conturbados nem conflitos na nossa paz social que temos vindo a ter até este momento”, disse.
Sublinha ainda que “os representantes do povo têm cada vez mais a responsabilidade de estar perto destas pessoas que estão a passar por dificuldades” e, neste sentido, observa que a Assembleia Legislativa da Madeira alterou o Regimento para “que o parlamento possa reunir mais vezes (...) sobretudo aprovar legislação para fazer face a esta crise que também atinge os cofres públicos”.
Por seu turno, a presidente do Banco Alimentar Conta a Fome, Fátima Aveiro, explicou o funcionamento do BA e da sua interligação com as restantes instituições apoiadas.
“Nós vimos na Assembleia o interesse manifestado pela nossa actividade e queremos agarrar também essa oportunidade também para lhes pedir outro tipo de apoio (...), que é nos ajudar nos contactos com os fornecedores e outras relações institucionais que a própria Assembleia, na pessoa do senhor presidente, pode ser muito útil”, afirmou.
De referir que a plataforma Rede de Emergência Alimentar já recebeu 216 pedidos de ajuda que foram canalizados para as instituições da zona parceiras do Banco Alimentar, “o que é muito”, concluiu Fátima Aveiro.
A campanha de solidariedade também acontece na internet na plataforma do Banco Alimentar Contra a Fome, ‘Alimente esta ideia.pt’ (www.alimentestaideia.pt).
O país tem 21 Bancos Alimentares que apoiam cerca de 3% da população portuguesa.