Não vai haver pão para todos? Só depende de si!
Não tenhamos dúvidas que vamos conviver nos próximos tempos com uma crise económica e social sem precedentes no mundo civilizado. E não há como escamotear um dado irrefutável: os apoios tardam em chegar.
A Madeira, obviamente, não foge à regra, até pelo facto de ser uma Região bastante dependente do turismo e seus derivados, razão pela qual vai sentir na pele ainda mais os danos diretos ou colaterais desta crise, com o desemprego a ter um impacto enorme, muito pior do que em 2014 aquando da chegada da troika.
Existem já muitas pessoas desempregadas, graves problemas sociais e alimentares e nós não podemos “assobiar para o lado” porque a um determinado momento pode acontecer a qualquer um de nós situação idêntica. É assim que temos que pensar, porque conheço muito boa gente, inteligente e trabalhadora, que num ápice fica sem chão. A sorte, ou falta dela, às vezes tem muita força.
Há situações dramáticas que o Governo Regional, instituições de apoio à integração social e todos nós, cidadãos, têm uma enorme responsabilidade social. Temos o dever de ajudar quem mais precisa neste momento. E necessitamos urgentemente de um fundo de emergência social para acudir a estas situações, que vão aparecer em catadupa, não tenhamos dúvidas.
O que mais me impressiona é a fome. Choca-me imenso que existam pessoas que nem dinheiro têm para comprar um papo-seco. Revolta-me.
Cabe a todos nós apoiarmos as intuições que se dedicam àqueles que mais necessitam como é o caso do Banco Alimentar contra a Fome – Madeira, onde existe uma campanha que pode doar bens alimentares de primeira necessidade. Basta procurar o link ‘alimentestaideia.pt’, selecionar o nome do Banco e está feito.
Também nas caixas dos supermercados existem vales que podem descontados para doação Ainda recentemente, entre os dias 9 e 16 maio, estive com os meus colegas numa ação de Voluntariado no Banco Alimentar contra a Fome e deu para termos uma ideia de que os madeirenses continuam a ser muito solidários. E podem confiar que os produtos da sua solidariedade são reencaminhados para quem precisa, os alimentos nem chegam a ser armazenados, ficam em cross docking e em seguida é feito o picking para serem recolhidos por diversas instituições. Há muitas pessoas a precisar de ajuda e esta instituição é um exemplo.
Os cidadãos devem envolver-se nestas causas, cumprindo o seu dever de cidadania, seja em doações às instituições ou ajudando as mesmas, disponibilizando-se para trabalhar nas tarefas a designar.
Nesta altura, estamos todos a controlar e a conter o inimigo invisível. Para isso fomos forçados (no bom sentido) a um confinamento rigoroso, com todas as entradas da ilha fechadas e em que todo o comércio parou.
Passados dois meses iniciamos um soft opening no dia 18-05- 19. A abertura do comércio e restauração faz-se com regras de segurança para o bem de todos até aparecer a desejada vacina. Aqui vai depender muito o nosso comportamento, seguindo à risca as instruções da entidade máxima que tutela a Saúde.
Ainda não podemos receber turistas, os hotéis estão encerrados e muita da restauração depende de quem nos visita, ou não fôssemos uma região dependente do Turismo.
Vamos ser otimistas! Vem aí o verão e se somos aconselhados a não viajar para férias fora da ilha, temos uma excelente oportunidade para usufruir do turismo interno e reanimar a nossa hotelaria e restauração que bem precisam, assim como todos os que estão elencados ao comércio e serviços.
Que queremos mais?
P.S. AJUDAR NÃO PODE PARAR! WWW.ALIMENTESTAIDEIA.PT