PGR da Argentina abre investigação por espionagem ao ex-PR Mauricio Macri
A Procuradoria-Geral da Argentina abriu uma investigação preliminar contra o antigo Presidente Mauricio Macri, suspeito do crime de espionagem a líderes da oposição, empresários e dirigentes de instituições públicas durante a maior parte do seu mandato, foi hoje anunciado.
De acordo com várias fontes judiciais, citadas pela agência France-Presse, a dirigente da Agência Federal de Inteligência (AFI) da Argentina, Cristina Caamaño, foi encarregada, na terça-feira, pelo atual Presidente do país, Alberto Fernández, de conduzir uma auditoria a este organismo estatal com vista à sua reorganização.
As mesmas fontes acrescentam que Cristina Caamaño recebeu informações de “quase 100 pessoas” que, alegadamente, estavam a ser espiadas sem qualquer decisão de um tribunal.
Entretanto, as entidades judiciais argentinas apreenderam vários equipamentos informáticos da AFI.
Esta acusação contra o ex-chefe de Estado foi feita pelo procurador Jorge Di Lello, que estendeu a investigação ao então responsável dos serviços secretos do país, Gustavo Arribas, e também a antigos agentes.
Entre os alegados espiados estão vários embaixadores, jornalistas, dirigentes sindicais, empresários, elementos do parlamento, não apenas da oposição, e dirigentes de outros órgãos estatais.
Funcionários que pertenciam ao círculo mais próximo de Macri também terão sido espiados, como por exemplo a sua chefe do Gabinete Anticorrupção, Laura Alonso.