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Primeiros europeus regressam à China

Os primeiros europeus conseguiram regressar hoje à China, num voo que partiu de Frankfurt (Alemanha), depois de o Governo chinês ter suspendido os vistos e encerrar as fronteiras nos finais de março, devido à pandemia de covid-19.

O avião, que saiu na sexta-feira de Frankfurt, transportava maioritariamente passageiros alemães, e aterrou hoje no aeroporto de Tianjin, que fica a cerca de 100 quilómetros de Pequim, avança a agência de notícias France Presse (AFP).

A China foi o primeiro país afetado pelo novo coronavírus e decidiu encerrar as fronteiras no final de março a todos os portadores de visto, inclusive a quem tinha permissão de residência, por temer uma nova onda de contaminações do exterior.

Muitos dos residentes acabaram por ficar presos no exterior, não conseguindo até ao momento regressar à China, de onde tinham saído no auge da epidemia.

Hoje, chegaram cerca de 200 gerentes e funcionários de empresas alemãs que terão de ficar isolados durante 14 dias, tendo já sido submetidos a um teste de temperatura e de triagem para a covid-19.

Depois de dois meses com as fronteiras encerradas, a China começa a suspender gradualmente as restrições aos estrangeiros.

A covid-19 é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 362 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.

Já a Comissão Europeia estima que a economia da zona euro conheça este ano uma contração recorde de 7,7% do PIB, como resultado da pandemia da covid-19, recuperando apenas parcialmente em 2021, com um crescimento de 6,3%.

Para Portugal, Bruxelas estima uma contração da economia de 6,8%, menos grave do que a média europeia, mas projeta uma retoma em 2021 de 5,8% do PIB, abaixo da média da UE (6,1%) e da zona euro (6,3%).

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