Comandante pede a militares da GNR que “encontrem forças adicionais e mobilizadoras”
O comandante-geral da GNR pediu hoje aos militares desta força de segurança para que encontrem “forças adicionais e mobilizadoras” no combate à pandemia da covid-19, defendendo “uma guarda cada vez mais humana, próxima e de confiança”.
As declarações do tenente-coronel Botelho Miguel constam de uma mensagem institucional pelas comemorações do 109.º aniversário da GNR, que este ano integram um programa exclusivamente digital, as quais poderão ser acompanhadas ao longo do dia na página oficial desta força de segurança na rede social Facebook, e na qual foi publicado o vídeo gravado do comandante-geral.
“Ao mesmo tempo que reitero o orgulho e o privilégio em ser o comandante-geral de todos os militares e civis da Guarda Nacional Republicana, deixo uma mensagem de incentivo para ambicionarem fazer mais e melhor, de uma forma responsável, esperançado que encontrem forças adicionais e mobilizadoras para que juntos ultrapassemos o desconforto e o cansaço da missão, com confiança no futuro, e que possamos continuar a contribuir para uma guarda cada vez mais humana, próxima e de confiança”, afirmou o comandante.
Para o oficial superior, este é o momento de novos desafios, para os quais é necessário encontrar respostas.
“É ocasião de respondermos aos novos desafios das pessoas, com as pessoas e para as pessoas, quer seja nas comunidades, como nas instituições, e a partir de todos e de cada um, para uma sociedade melhor e coesa numa nova normalidade, recordando aquele que continuará a ser o nosso compromisso social e institucional, em razão de preparar hoje para garantir no futuro o melhor espaço de liberdade e segurança em nome do superior interesse de Portugal e dos portugueses”, destacou Botelho Miguel.
O comandante-geral da GNR disse ainda que a guarda honra o passado, está determinada no presente e preparada para o futuro, sempre com o compromisso de servir o país.
“O empenho e a determinação, a prontidão e a perspicácia, o profissionalismo e a proximidade, a confiança e a disponibilidade, de Norte a Sul, Continente e Ilhas, das zonas rurais aos meios urbanos e respetivas zonas de confluência, da linha de costa à zona de fronteira, na terra, no mar ou pelo ar, em ações de vigilância e intervenção, ou projetando meios de proteção e socorro, com colete e capacete balístico, ou com máscara cirúrgica e viseira de proteção sanitária, dissemos e continuaremos a dizer: presente”, assegurou Botelho Miguel.
O tenente-coronel lembrou que a pandemia da covid-19 forçou a que, individual e coletivamente, tivessem de adotar “renovadas formas de organização e modelos e funcionamento, ajustando procedimentos mitigadores das probabilidades de contagio em todos os níveis de emprego operacional”, mas deixou uma garantia.
“Assumimos, tal como os nossos antepassados, o compromisso de uma pronta reposta, de firmeza na ação e de um empenho diário, num contínuo, desde aos militares envolvidos na linha da frente das operações, até aos militares dos diferentes comandos territoriais e unidades que garantem as diferentes valências da guarda, animados por um inquebrável espírito de missão, prevenindo e combatendo, sem hesitações, as diversas formas de ilícitos, com vista a garantir a manutenção da ordem pública e assegurar o livre exercício dos direitos, liberdades e garantias constitucionais, em respeito pela segurança individual e pelo cumprimento da lei”, vincou.
Portugal contabiliza 1.023 mortos associados à covid-19 em 25.190 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado no sábado.
Portugal entrou hoje em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.