Coligação de meios de comunicação pede libertação de jornalistas presos
A coligação internacional de meios de comunicação social One Free Press Coalition apelou hoje à libertação imediata de todos os jornalistas presos no mundo e identificou os 10 casos prioritários de violação da liberdade de imprensa.
No dia em que se celebra a liberdade de imprensa, esta aliança esclareceu numa nota divulgada este domingo que pelo menos metade dos profissionais da lista de maio, publicada durante esta semana, ainda estão detidos e lembrou a ameaça colocada pela pandemia de covid-19, o que tornou a libertação dos jornalistas “uma questão de vida ou de morte”.
Segundo o comunicado, os 10 casos mais urgentes por resolver são: o jornalista de etnia uzbeque Azimjon Askarov, preso no Quirguistão; os iemenitas Abduljaleq Amran, Akram al-Waleedi, Hareth Hameed e Tawfiq al-Mansouri, detidos há quase cinco anos pelo grupo Hutu Ansar Allah; Mahmoud al-Jaziri (Barém), detido desde dezembro de 2015; Solafa Magdy (Egito); Darvinson Rojas (Venezuela); Truong Duy Nhat (Vietname); Elena Milashina (Rússia); Mir Shakil-ur-Rehman (Paquistão), detido desde 12 de março; Yayesew Shimelis (Etiópia); e, finalmente, Jamal Khashoggi, assassinado em 2018 e para quem se pede justiça às autoridades sauditas, bem como a libertação de outros 26 jornalistas presos em 2019.
Entre os membros da One Free Press Coalition encontram-se as agências noticiosas internacionais Associated Press, Bloomberg, EFE e Reuters; as redes de televisão CNN, Al Jazeera, Deutsche Welle e Middle East Broadcasting Networks; e meios de comunicação como o The Washington Post, Corriere della Sera, The Financial Times, Süddeutsche Zeitung, BuzzFeed, Forbes, Quartz, Time e Wired.
De acordo com os dados apresentados pela coligação, pelo menos 34 jornalistas foram assassinados em 2018, o que representou uma subida de 88% face ao ano anterior.