Associação das farmácias congratula-se com decisão da AR de apoiar o sector
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) considerou que “salvar as farmácias será cumprir” o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e garantir que “chega efetivamente aos cidadãos”, numa reação à unanimidade dos partidos no apoio ao setor.
“Salvar as farmácias será cumprir o SNS, porque as farmácias garantem que o SNS chega efetivamente aos cidadãos, em condições igualdade em todo o território”, considerou a ANF, em comunicado divulgado na quarta-feira.
A associação que representa o setor farmacêutico sublinhou que investir nesta área vai ter “ganhos em saúde para a população e económicos para o Estado”.
A Assembleia da República (AR) registou, na quarta-feira, a unanimidade dos partidos quanto a necessidade de apoiar o setor farmacêutico, com o PS a mostrar disponibilidade para aprofundar e avaliar os projetos de resolução do PCP, CDS e Iniciativa Liberal.
Em discussão, na sessão plenária, esteve a petição “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS” e quatro projetos de resolução do PCP e do CDS e dois da Iniciativa Liberal, nos quais é recomendado ao Governo a adoção de medidas de apoio à rede farmacêutica do país e a garantia de proximidade e acessibilidade no acesso ao medicamento.
A petição, que recolheu mais de 120 mil assinaturas, alertou para a iminente falência de 675 farmácias que enfrentam processos de penhora e insolvência, e pediu ao parlamento um programa legislativo de apoio ao setor, através de incentivos e melhores condições de funcionamento para as farmácias mais frágeis e a proibição da concentração de unidades e a instalação nos hospitais.
No projeto de resolução comunista, o PCP frisou que as dificuldades sentidas pelas farmácias comunitárias “afetam negativamente as populações” e colocam em causa milhares de postos de trabalho, e recomendou ao Governo “ações concretas” como o impedimento da concentração da propriedade das farmácias e a possibilidade de dispensa nas farmácias comunitárias de medicamentos hospitalares, como solução alternativa de acesso, sem custos adicionais para o utente.
Pelas 15:00, as farmácias suspenderam o funcionamento durante os 23 minutos reservados pela AR para o debate e, nesse período, a plataforma informática de dispensa das receitas eletrónicas ficou inativa.