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Madeira

CTT diz que não há razão para a greve desta sexta-feira

Em causa está a decisão da empresa de pagar o subsídio de refeição através de cartão-refeição

Os funcionários dos CTT têm grave marcada para esta sexta-feira, 29 de Maio, que abrange ambas as redes da empresa: a rede de distribuição postal (carteiros) e a rede de atendimento (Lojas CTT). Não abrange a rede de Postos de Correio explorados por parceiros dos CTT, nem os agentes que prestam serviços de pagamento PayShop.

Apesar de respeitar o direito à greve consignado na Constituição da República, a empresa não compreende a razão desta convocação pelos sindicatos que contestam “a implementação de uma medida que, sendo positiva para a empresa, inclusivamente já implementada e utilizada por cerca de 4.000 colaboradores, em nada prejudica ou retira benefícios aos seus trabalhadores, tendo, aliás, o efeito contrário”, refere fonte dos CTT, através de comunicado.

Em causa está o pagamento do subsídio de refeição através de cartão-refeição aos colaboradores que ainda não tinham optado por essa via. Uma medida que surge como uma de dezenas de medidas concebidas para “reagir à quebra de proveitos e defesa da sustentabilidade da empresa”, tendo surgido agora na sequência da “impossibilidade de formalizar um acordo com as ERCT que esteve próximo, mas que falhou por aspectos acessórios que não só não negavam a proporcionalidade desta medida, como a incluíam de forma explícita”, refere a empresa.

No ano em que se celebram 500 anos de correio em Portugal, a empresa afirma que sempre privilegiou o diálogo e a pacificação social no universo da organização, tendo diligenciado o mais possível, em todas as matérias, a viabilização de medidas previamente acertadas e ajustadas com as Estruturas Representativas Coletivas dos Trabalhadores (ERCT).

Neste caso, considera que o cartão refeição constitui uma forma de pagamento do subsídio de refeição, que pode ser facilmente usada em qualquer estabelecimento de venda de produtos alimentares, tais como supermercados, restaurantes, cafés, bares, incluindo também compras online destes produtos, desde que disponível a modalidade de pagamento de MBway ou MBnet. “Não implica nenhum tipo de prejuízo para os colaboradores, consagra o exercício de um interesse legítimo da Empresa, e representa uma manifesta vantagem económica para todos: para a empresa, traduz uma forma lícita de diminuição substancial de custos; para os colaboradores, significa uma poupança média anual em sede de IRS, na ordem dos 100,00€. Por isso, aliás, é uma forma de pagamento do subsídio adoptada por inúmeras empresas e colaboradores em todo o país”, afirma.

Os CTT preveem que, de um modo geral, os efeitos da greve sejam pouco sentidos no país, com a eventual ocorrência de constrangimentos localizados em áreas específicas.

Na rede de 544 lojas próprias CTT, não se prevê que o impacto seja significativo, no entanto, os clientes poderão optar por um dos 1830 postos de correio não abrangidos pela greve.

Na área operacional, os CTT têm articulado um plano de contingência no sentido de evitar, em caso de necessidade, problemas na sua operação na defesa da prestação e qualidade do serviço junto dos nossos clientes.

A empresa informa ainda que esta greve não terá qualquer impacto na distribuição de vales de pensões, uma vez que o tratamento da operação que antecede a distribuição dos mesmos não será minimamente afectada.

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