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Coreia do Sul reactiva medidas restritivas após descoberta de focos de contágio

Foto EPA/YONHAP
Foto EPA/YONHAP

A Coreia do Sul reativou hoje uma série de medidas para combater a covid-19, depois de detetados novos focos de contágio do novo coronavírus, aumentando o receio de uma nova vaga epidémica no país.

As autoridades sul-coreanas registaram hoje o maior aumento de novas infeções em quase dois meses, com um surto de casos num armazém de uma empresa, na área metropolitana de Seul, região densamente povoada.

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“Decidimos fortalecer as medidas de confinamento na região metropolitana por duas semanas, a partir de sexta-feira até 14 de junho”, disse o ministro da Saúde, Park Neug-hoo.

Museus, parques e galerias de arte terão que fechar durante esse período e as empresas são incentivadas a reintroduzir a flexibilidade no trabalho, explicou o ministro.

Os cidadãos também são aconselhados a evitar reuniões e lugares lotados, incluindo bares e restaurantes.

Os locais de culto foram instruídos a aplicar estritamente as instruções de segurança. No entanto, o calendário em curso para a reabertura das escolas não foi alterado. A Coreia do Sul tinha começado a 06 de maio a flexibilizar as restrições.

“As próximas duas semanas serão cruciais para impedir a propagação da infeção na região metropolitana”, afirmou ainda o ministro.

“Teremos que voltar a um distanciamento social estrito se fracassarmos” e se o país registar mais de 50 novos casos diariamente por pelo menos sete dias consecutivos, avançou Park Neug-hoo.

A Coreia do Sul anunciou hoje que registou na quarta-feira 79 infeções de covid-19, o pior surto de novos casos desde 05 de abril, informaram as autoridades.

Dos 79 novos casos detetados na quarta-feira, 68 são infeções locais. A maioria (54) terá ocorrido num centro logístico nos arredores de Seul, na cidade de Bucheon, a sudoeste da capital.

O vice-ministro da Saúde, Kim Gang-lip, alertou que o Governo espera que este número ainda venha a aumentar, à medida que mais trabalhadores forem sendo testados.

As autoridades identificaram 4.159 pessoas que se pensa poderem ter sido infetadas na empresa, entre trabalhadores e pessoas que estiveram em contacto com os funcionários, tendo já realizado 3.400 testes.

Os 79 casos identificados na quarta-feira representam o pior pico de infeções na Coreia do Sul desde 05 de abril, há 53 dias, quando o país registou 81 casos.

No total, o país asiático, um dos que melhor controlou a pandemia até agora, graças ao seu exaustivo sistema de rastreamento, muitos testes e isolamento de contactos, totaliza 11.344 infeções, das quais apenas 735 (6,5%) são casos ativos. Dos infetados, 91,1% já estão curados, enquanto 269 morreram, deixando uma taxa de mortalidade de 2,37%.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 352 mil mortos e infetou mais de 5,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.

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