Situação no país é favorável, mas em Lisboa é preocupante
O Presidente da República admitiu hoje que “a fotografia” da evolução da pandemia de covid-19 no país “é favorável”, mas admitiu preocupação com situação na região de Lisboa, onde tem crescido o número de infetados.
A “fotografia” da situação do país “é favorável”, “não há uma situação de descontrolo” em Lisboa e Vale do Tejo, mas sim de “atenção e preocupação”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no final de mais um encontro, o sétimo desde o início do surto, em março, com especialistas sobre a “situação epidemiológica da covid-19 em Portugal”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, na reunião de hoje “reconheceu-se o que há uma especial atenção e preocupação quanto à região de Lisboa e Vale do Tejo”, onde o indicador do risco de transmissibilidade -- o R -- “é ligeiramente superior”, de 1,01, acima da média nacional, inferior a 1.
O R é o número médio de contágios causados por cada pessoa infetada.
“É patente a existência de focos e surtos, mas que estão a merecer atenção e preocupação” por parte das autoridades, afirmou.
Além dos motivos de preocupação em Lisboa, a que se referiu pelo menos por três vezes, Marcelo Rebelo de Sousa destacou “aspetos positivos”, com o R abaixo de 1 nas duas regiões autónomas, Alentejo, Algarve, Norte e Centro.
Outro “aspeto positivo” foi a evolução do número de internados nos hospitais, nomeadamente em cuidados intensivos, que “continua com tendência decrescente” e com “menor pressão” sobre essas estruturas.
Esta é a sétima reunião deste género, com especialistas, Presidente, Governo, líderes partidários e parceiros sociais, e na qual foram apresentados e analisados os dados relativos às primeiras duas fases de desconfinamento, um dia antes do Conselho de Ministros se reunir para decidir sobre a terceira fase de reabertura, prevista para dia 01 de junho.