“Seria dar um ‘tiro’ nos pés” fechar as urgências de Santana
Não é só a temperatura ambiente que começa aquecer. Na política também. “Quanto a mim seria falta de inteligência, não seria prudente e politicamente seria dar um ‘tiro’ nos pés””, assim e junto ao Centro de Saúde da localidade que o que presidente da Câmara Municipal de Santana falou sobre o encerramento das urgências da unidade de saúde do município.
“Acho que qualquer governo no seu bom juízo não iria deixar ao desbarato tudo aquilo que acumulou de boa gestão” durante a crise pandémica “fechando as urgências”, acrescentou numa comunicação lançada através das redes sociais, um momento para efectuar um ponto da situação.
Desde alguns meses que Dinarte Fernandes não esconde querer renovar o mandato. Esta tarde aproveitou para dar conta de uma reunião com Pedro Ramos relembrando ter sido a “terceira vez” que questionou o secretário regional numa derradeira tentativa de perceber qual a data da reabertura. Pelo teor do discurso o autarca nortenho ainda não sabe quando será. Depois do Estado de Calamidade que termina a 31 de Maio, recordou.
Ainda assim não se deteve: “É importante que os munícipes saibam que o seu presidente e a sua vereação estão ao seu lado ao contrário do que aconteceu em 2012 quando as urgências encerraram no período da noite. Na altura o presidente [Rui Moisés] não soube defender a população de Santana”, acusou o actual edil para fazer o ponto da situação, não deixando de considerar que o serviço “é importante” sobretudo para os utentes de freguesias mais distantes.
Prosseguindo: “A mim o que me interessa é que o serviço de urgência do Centro de Saúde de Santana reabra. Interessa que saibam a verdade e não se dissemine a intranquilidade entre as pessoas porque, enfim, estamos a entrar quase em período de pré-campanha eleitoral para as autárquicas do ano que vem”, expressou num recado entendido como sendo dirigido para os social-democratas, que são oposição na autarquia.
“Contem connosco”, rematou a comunicação aos munícipes.