Mau tempo adia para sábado primeiro voo tripulado da SpaceX
O primeiro voo espacial da empresa privada SpaceX, que vai levar a bordo dois astronautas da NASA rumo à Estação Espacial Internacional (EEI), foi hoje adiado para sábado por causa das condições meteorológicas desfavoráveis ao lançamento.
“Vamos desmobilizar o lançamento previsto para hoje devido ao tempo desfavorável no percurso de voo. O nosso próximo lançamento vai ser no sábado, 30 de maio, às 15:22 locais [20:22 em Lisboa]”, confirmou a SpaceX na rede social Twitter, minutos depois de as equipas envolvidas no lançamento terem decretado a impossibilidade de prosseguir com a descolagem.
O voo espacial, o primeiro a partir do território dos Estados Unidos da América (EUA) desde 2011 -- ano que marcou o final das missões do programa Space Shuttle -, ainda esteve para acontecer até cerca de 20 minutos da hora prevista para a descolagem.
Contudo, a chuva constante, nuvens e trovoadas que ocorreram durante o dia não deram tréguas, adiando aquela que é a missão mais perigosa e prestigiada que a NASA alguma vez confiou a uma empresa privada, neste caso a SpaceX, ‘start-up’ fundada em 2002 por Elon Musk, obcecado por Marte e que é também fundador da fabricante de automóveis elétricos Tesla.
A próxima tentativa vai decorrer no sábado e, caso o lançamento tenha sucesso, os astronautas norte-americanos Robert Behnken e Doug Hurley deverão demorar cerca de 19 horas a chegar à EEI.
Os dois astronautas, que estão de quarentena há duas semanas por causa da pandemia de covid-19, vão voar a bordo da cápsula Crew Dragon, lançada pela SpaceX.
Além dos vários curiosos que se concentraram junto às instalações do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Florida, também o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o vice-presidente, Mike Pence, marcaram presença.
Durante a missão, batizada de Demo-2, vão ser testados, por exemplo, os sistemas de voo, foguetes e processos de aterragem desenhados pela empresa fundada por Elon Musk.
O objetivo é que a NASA possa enviar os seus astronautas para a Estação Espacial Internacional em voos comerciais dos Estados Unidos e não da Rússia, como acontece desde o final do programa de espacial Atlantis, em 2011.
Esta missão procura também lançar as bases para futuros planos de exploração para a Lua, a partir de 2024, e Marte, a partir de 2030.