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Lesados do Banif esperam há quatro anos pelo relatório do Banco de Portugal

Há já mais de quatro anos que os Lesados do Banif, representados pela associação ALBOA, aguardam do Banco de Portugal o relatório “no creditor worse off” referente à resolução daquele banco.

A demora na elaboração do documento, encomendado à consultora Baker Tilly, e essencial para o cálculo da recuperação dos créditos dos Lesados do Banif e de outros credores do banco, “desespera quem espera a publicação do referido Relatório para prosseguir a legítima defesa dos seus interesses”, refere a Associação ALBOA através de comunicado.

Recorde-se que a falência do bando ocorreu em Dezembro de 2015, na sequência de uma notícia da TVI, tendo o Banco de Portugal decretado a falência daquela instituição financeira, deixando milhares de obrigacionistas não qualificados (vítimas de acções enganosas e ardilosas de comerciais do Banif) nas “mãos do banco mau”.

Desde então, “muitas reuniões foram feitas, muitos esforços foram empreendidos, o gabinete do Primeiro-ministro empenhou-se em encontrar uma solução, até a TVI - conta a qual corre um processo de muitos milhares de euros - começou a mudar a sua estrutura accionista. Só o Banco de Portugal permanece num mutismo inexplicável”, acusa a Associação, referindo que, em condições normais, há muito que o referido relatório deveria ter sido divulgado como documento estruturante da falência do Banif e das consequentes reclamações de créditos.

“Mais de quatro anos passados, o não justificado silêncio do relatório da Baker Tilly só aumenta a injustiça que caiu sobre os Lesados Banif, silêncio ainda por cima vindo de uma instituição - o Banco de Portugal - de onde se espera a defesa dos cidadãos na sua relação bancária”, acrescenta a ALBOA, numa altura em que apela publicamente ao Banco de Portugal para que “apresse, termine e publique o Relatório encomendado à Baker Tilly sobre a Resolução do Banif, a bem do normal funcionamento das instituições e do reconhecimento dos que comprovadamente foram enganados e espoliados por um banco que - recorde-se mais uma vez - estava à data intervencionado pelo Estado”.

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