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Agência britânica do medicamento autoriza uso de Remdesivir

Foto Ulrich Perrey/AFP
Foto Ulrich Perrey/AFP

A agência britânica do medicamento autorizou o uso de uma droga experimental, Remdesivir, para doentes com covid-19, numa tentativa de reduzir o tempo que alguns pacientes passam no hospital.

Ensaios clínicos estão a testar o antiviral para determinar se é ou não eficiente, mas os resultados iniciais sugeriram que pode acelerar o tempo de recuperação das pessoas infetadas com o novo coronavírus.

Num comunicado emitido hoje, a Agência Reguladora da Saúde e dos Medicamentos do Reino Unido informou que poderá apoiar o uso de Remdesivir, produzido pela Gilead, para tratar adultos e adolescentes hospitalizados com sintomas severos de covid-19.

“Estamos comprometidos em assegurar que os pacientes possam ter acesso rápido a tratamentos promissores de covid-19”, disse June Raine, diretor executivo da agência.

O Remdesivir vai ser fornecido gratuitamente aos pacientes pela Gilead e será dirigido a doentes com “elevadas necessidades de cuidados clínicos”, sob supervisão médica.

Um estudo no mês passado com mais mil pessoas severamente atingidas pelo coronavírus revelou que os que receberam a substância tiveram alta hospitalar vários dias antes do que os pacientes que receberam um placebo.

O antiviral Remdesivir é eficaz contra a covid-19 caso seja administrado antes de os pacientes necessitarem de ventilação mecânica, indicou na segunda-feira um ensaio internacional com este medicamento, coordenado pelo Hospital Can Ruti, em Badalona, Barcelona, Espanha.

Segundo um comunicado divulgado pelo Instituto Catalão de Saúde foi o Hospital Germans Trias, também conhecido como Can Ruti, que coordenou o estudo em Espanha.

O `New England Journal of Medicine´ publicou os resultados do estudo internacional com este medicamento, que, de acordo com os investigadores, reduziu em 31% o tempo de hospitalização dos pacientes com covid-19.

Os resultados do estudo realizado com o antiviral Remdesivir indicam que este medicamento é mais eficaz se for administrado a pacientes com pneumonia que apresentam falta de oxigénio, mas que ainda não necessitam de ventilação mecânica.

Apoiado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (IAID), o ensaio internacional teve a participação de 68 centros hospitalares, dos quais 47 são dos Estados Unidos e 21 da Europa e Ásia.

Os dados preliminares do estudo foram divulgados em 29 de abril, quando os cientistas verificaram que o uso do Remdesivir, um antiviral de uso hospitalar inicialmente projetado contra o Ébola, trazia benefícios claros para os pacientes, pelo que consideraram que era antiético não avançar com a experiência.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 344.000 mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Portugal contabiliza 1.342 mortos associados à covid-19 em 31.007 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

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