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Rui Moreira acusa TAP de impor “confinamento ao Porto e Norte” e “abandonar país”

Foto JOSÉ COELHO/LUSA
Foto JOSÉ COELHO/LUSA

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acusou hoje a TAP de “impor um confinamento ao Porto e Norte” e de “abandonar o país” neste momento de pandemia em que Portugal “mais precisa” da transportadora aérea.

“A realidade é simples: a TAP está a tentar impor um confinamento ao Porto e Norte e fá-lo na senda daquilo que tem sido a sua história. A TAP nunca perdeu o vínculo de ser uma empresa de caráter colonial e a sua estrutura nunca pensou de outra maneira”, afirmou Rui Moreira, em conferência de imprensa, na Maia, no distrito do Porto, na qual vários autarcas da região e o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal anunciaram, numa posição pública conjunta, que vão pedir a intervenção do Governo na TAP, cujo plano de retoma prevê para junho apenas três voos entre Porto e Lisboa.

Segundo Rui Moreira, a TAP “não voltou por estratégia”, mas sim “por oportunismo”.

“Agora, num momento em que se encontra numa situação de debilidade” e “na altura em que o país mais precisa, a TAP abandona o país, porque estar só em Lisboa representa abandonar o país”, criticou o autarca.

A TAP publicou na segunda-feira o seu plano de voo para os próximos dois meses que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa.

A TAP tem a sua operação praticamente parada desde o início da pandemia, à imagem do que aconteceu com as restantes companhias aéreas, prejudicadas pelo confinamento e pelo encerramento de fronteiras apara conter a covid-19.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 344 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Portugal regista hoje 1.342 mortes relacionadas com a covid-19, mais 12 do que na segunda-feira, e 31.007 infetados, mais 219, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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