“Defendo não uma Zona Franca, mas uma Ilha Franca”, afirma André Caldeira.
“Nós temos de ter flexibilidade e polivalência” começa por defender o gestor André Caldeira.
E para tal será necessário alavancar o nicho de mercado que é a Madeira para criar novos e direccionados produtos para o turista. Ou seja, “a natureza a paz e o sossego” serão sempre transversais à estratégia turística na Madeira, mas é necessário criar mais produtos diferenciadores.
André Caldeira destaca a qualidade de vida da Madeira como um dos pontos fortes e defende a criação de mais benefícios fiscais. Isto porque “esta pandemia provou que é possível trabalhar de longe” e a Região deve saber aproveitar esta ‘descoberta’: “Temos de vender esta ideia: é possível trabalhar daqui”, algo que a “Zona Franca da Madeira tenta atrair há muitos anos”. Daí que André Caldeira defenda não uma zona, mas uma “Ilha Franca”: “Seria interessante estender os benefícios das empresas a profissionais freelancer”.
Além disso, baixar o IVA, como acontece nas Canárias e em Singapura, será um estímulo para que os turistas consumam mais na Madeira.
Para fechar a sua primeira intervenção desta tarde, o gestor hoteleiro puxa o tema da educação, lembrando que “a melhor forma de melhorar o futuro de uma sociedade é com Educação” e, por isso, a Região deve apostar nas tecnologias de informação e em bolsas de estudo para áreas de educação estratégicas para a Madeira: “Que sermos uma região ultraperiférica não seja condicionante”.
‘Pensar o futuro’ é um ciclo composto por 12 conferências, todas transmitidas na nossa plataforma digital e que têm como objectivo definir estratégias globais e sectoriais para a Região que por agora sofre os impactos da pandemia, mas que, com a devida ponderação e reflexão, terá que preparar de forma sustentada o regresso à normalidade, mesmo que nova e diferente.
Este ciclo é patrocinado pela NOS Madeira, Socicorreia e banco Santander.
Os convidados de hoje são as eurodeputadas Cláudia Monteiro de Aguiar e Sara Cerdas, o professor universitário e investigador Nuno Nunes, o gestor André Caldeira e o advogado Pedro Fontes, num debate moderado pelo director do DIÁRIO, Ricardo Miguel Oliveira.