O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, agradeceu a “resposta contundente” ao problema dos migrantes venezuelanos, com os 2,5 mil milhões de euros garantidos na conferência internacional de doadores, promovida hoje pelo seu país e pela União Europeia (UE).

“Os migrantes e refugiados venezuelanos, e os países e comunidades que os hospedam, precisam de todo o nosso apoio. E precisam dele agora”, realçou o governante espanhol, num vídeo de encerramento do evento que não foi transmitido devido a problemas técnicos.

Depois de o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, ter confirmado que os Estados-membros vão doar 231,7 milhões de euros, a Comissão Europeia 144,2 milhões e o Banco Europeu de Investimento 400 milhões, em empréstimos, Pedro Sánchez adiantou que Espanha vai contribuir com 50 milhões de euros - 20 milhões neste ano e os restantes 30 nos dois anos seguintes.

O governante sublinhou que a grave situação pela qual os cerca de cinco milhões de migrantes venezuelanos estão a passar, numa altura em que se vive a pandemia de covid-19, deve-se à “profunda crise política, social e económica” da Venezuela, país que deseja ver regressar à “normalidade democrática e institucional”, de forma a que a “crise humanitária” se resolva.

Pedro Sánchez acrescentou que Espanha vai continuar a “apoiar incansavelmente os venezuelanos na sua legítima aspiração a um futuro melhor, de progresso e normalidade”, depois de um encontro virtual em que participaram cerca de 20 países e ainda organizações como a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, a Organização Internacional para as Migrações e a Organização dos Estados Americanos.

Já a ministra espanhola dos Negócios Estrangeiros, Arrancha González Laia, mostrou-se satisfeita com a generosidade dos doadores e com o facto de a comunidade internacional ter dado ouvidos ao Governo espanhol quanto a “um drama que se estava a tornar invisível.

Arrancha González Laia esclareceu ainda que a ajuda de Espanha à população venezuelana vai ser entregue através da Organização das Nações Unidas, da Cruz Vermelha e de organizações não-governamentais.