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Retoma do turismo nos Açores passa por transmitir confiança

Foto Lusa
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O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, defendeu hoje que “confiança e segurança” são as palavras-chave da retoma do turismo na região, numa mensagem que foi reiterada pelos vários agentes do setor com quem se reuniu.

No mesmo dia em que avançou que vão ser retomadas as ligações marítimas e aéreas interilhas e que se estuda a possibilidade de retomar as operações com o exterior ainda em junho, Vasco Cordeiro afirmou que a região está a “traçar um caminho de retoma, de recuperação, de confiança, de esperança em relação à reconstrução de um setor que tem a importância que o turismo tem na economia”.

O chefe do executivo açoriano falava aos jornalistas depois de uma reunião que juntou as secretárias regionais dos Transportes e Obras Públicas e da Energia, Ambiente e Turismo com os representantes da Associação de Turismo dos Açores (ATA), Alojamento Local dos Açores (ALA), Associação de Casas Açorianas e os representantes regionais da Associação Hoteleira de Portugal (AHP) e da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares Portugal (AHRESP).

Vasco Cordeiro destacou as “mais-valias que a região apresenta nesta nova fase do turismo”, apontando para o “trabalho desenvolvido ao longo dos anos, que assenta muito nas características únicas do turismo, do ponto de vista da sustentabilidade, da não massificação”.

Também Raquel Franco, membro da direção da Associação de Turismo dos Açores, considerou que é essencial “passar essa mensagem de confiança e segurança”, avançando que estão a ser preparadas promoções institucionais, “alavancando as questões da sustentabilidade, da natureza”.

Numa altura em que o setor atravessa uma crise “à escala mundial, cada um fará a sua parte”, e os Açores procuram promover o destino num mercado que procura “experiências que garantam o máximo de segurança”, explicou.

Já o representante local da AHP, Fernando Neves, defende o prolongamento do ‘lay-off’, uma vez que “não é de prever um verão de grande movimento”, com a consequente “atividade muito mais reduzida”.

“Vai começar com o mercado interno, que é um mercado relativamente reduzido, importante, e que deve ser olhado com muita atenção, por vários fatores, mas vai ser uma recuperação a prazo”, acrescentou.

Rui Anjos, representante da AHRESP nos Açores, acredita que, “na área do turismo, o setor da restauração (...) tem, claramente, o dever de transmitir segurança e confiança”.

“Estamos aqui, na linha da frente, para dar o exemplo, com as boas práticas, para que também cumpra quem nos visita e quem requer o serviço”, considerou.

O porta-voz da AHRESP defende também o prolongamento do ‘lay-off’, lembrando que “essa medida não depende diretamente do Governo Regional dos Açores”, mas que há sinais “positivos” em relação à extensão da medida.

Os Açores mantêm oito casos positivos de covid-19: sete em São Miguel e um na ilha do Pico.

Desde o início do surto, registaram-se 146 casos de infeção, 122 recuperações e 16 mortes.

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