Nova Iorque premeia famílias de trabalhadores essenciais mortos
O Estado de Nova Iorque vai conceder benefícios sociais a famílias dos trabalhadores essenciais que morreram durante a pandemia de covid-19, anunciou hoje o governador Andrew Cuomo.
Num dia em que o Estado norte-americano registou mais 96 mortes, o governador explicou que os benefícios, ainda por especificar, têm origem nos fundos de pensões dos governos estaduais e locais de Nova Iorque.
“Sinto uma grande responsabilidade com os nossos funcionários na linha de frente. Os nossos funcionários essenciais entenderam os perigos deste vírus, mas foram trabalhar de qualquer maneira, porque precisávamos deles. Precisávamos de enfermeiros e de médicos para prestar um serviço fenomenal nos hospitais. Precisávamos da polícia e do corpo de bombeiros. Precisávamos que os trabalhadores da linha de frente e dos supermercados aparecessem”, disse.
A bordo do porta-aviões Intrepid, que alberga o Museu do Mar, do Ar e do Espaço, na cidade de Nova Iorque, Andrew Cuomo instou ainda o Presidente Donald Trump a adotar uma política semelhante para com todas as pessoas do país que arriscaram as vidas para manterem o resto da população em casa, sem perder nada.
O governador frisou, por isso, que o governo federal deve compensar financeiramente as situações de perigo assumidas pelos trabalhadores, cruciais ao longo do surto do novo coronavírus para manterem em funcionamento operações de Estados e municípios norte-americanos.
O Estado de Nova Iorque registou um número diário de mortes inferior a 100 pela segunda vez desde o final de março, e Cuomo destacou a quebra do número de internamentos como positiva, mesmo lembrando que o número de mortes ocorrido hoje é “doloroso”.
Num dia em que o país homenageia as pessoas que morreram ao serviço das Forças Armadas dos Estados Unidos (’Memorial Day’), o responsável lembrou ainda os veteranos de guerra que morreram devido à covid-19.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (97.722) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,6 milhões).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.