Grupo de reclusas assassina seis mulheres em prisão nas Honduras
Um grupo de reclusas de uma prisão feminina nas Honduras assassinou outras seis mulheres, depois de atear um incêndio como manobra de distração para as guardas prisionais, adiantaram hoje as autoridades hondurenhas.
O incidente terá começado ao final da noite de sábado, quando uma reclusa ateou fogo a uma área do Centro Feminino de Adaptação Social, um estabelecimento prisional na localidade de Tamara, a norte da capital Tegucigalpa, onde duas mulheres recentemente encarceradas estavam a ser submetidas a uma quarentena de 14 dias por causa do novo coronavírus.
Segundo o Instituto Penitenciário Nacional das Honduras, um grupo de reclusas aproveitou a confusão que se instalou com o fogo e fugiu de duas celas, dirigindo-se para o ginásio da prisão, onde viriam a assassinar outras seis mulheres que também tinham entrado recentemente para aquelas instalações.
As autoridades prisionais estão agora a trabalhar em conjunto com a polícia, o Ministério Público e os médicos forenses para investigar o ataque e apurar todas as responsabilidades.
Os episódios de violência são frequentes nas prisões hondurenhas, por muitas vezes acolherem membros de gangues rivais. No entanto, este tipo de ataques é mais comum nas prisões masculinas, sendo disso exemplo a morte de 19 reclusos num motim na prisão de Porvenir, no centro do país, em dezembro, e de outros 18 em conflitos na prisão de Tela, no norte, junto à costa das Caraíbas.