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Exército russo destacado para auxiliar infectados em mina da Sibéria

Foto EPA/ANATOLY MALTSEV
Foto EPA/ANATOLY MALTSEV

Um destacamento do Exército russo foi enviado para a Sibéria para organizar as medidas de contenção contra a propagação da pandemia de covid-19 na maior mina de ouro da Rússia, onde pelo menos 400 trabalhadores estão contaminados.

Num comunicado publicado hoje, o ministro da Defesa russo anunciou a operação de montagem de tendas de campanha onde cerca de dois mil trabalhadores da mina de Olimpiada vão ser submetidos a uma quarentena de 14 dias, na região de Krasnoiarsk, Sibéria oriental.

O campo, que vai ficar situado numa cidade no meio da taiga siberiana, deve acolher os trabalhadores da mina que tiverem estado em contacto com pessoas cujos testes médicos indiquem estar contaminadas ou “todos aqueles que se encontrem na zona de risco”.

O Exército já tinha informado que ia instalar no local um hospital de campanha para tratar os doentes.

Na segunda-feira as autoridades da região de Krasnoiarsk reuniram-se para analisar a situação na mina de ouro onde os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus foram detetados no princípio do mês.

Propriedade da empresa russa Polyus, a mina de Olimpiada está a laborar desde 1996 contando com três locais de extração de ouro.

O diretor-geral da Polyus, Pavel Gratchev, disse na segunda-feira que 886 trabalhadores da mina, que conta com um total de seis mil funcionários, foram “declarados positivos” depois da realização dos primeiros testes de despistagem da pandemia.

De acordo com a agência sanitária russa, Rospotrebnadzor, a repetição dos testes confirmou a contaminação de pelo menos 400 trabalhadores.

“A mina Olimpiada está a laborar normalmente. Todos os empregados que não estão a cumprir a quarentena continuam a cumprir as suas obrigações”, disse Gratchev.

Logo após o início da crise pandémica na Rússia, vários locais isolados de extração, sobretudo de hidrocarbonetos, foram atingidos pela covid-19.

Segundo o balanço oficial de Moscovo, a Rússia regista 3.099 mortes por covid-19 e um total de 317.554 casos de contágio.

A Rússia é o país com mais casos de infeção da doença no mundo, a seguir aos Estados Unidos.

Mais de cinco milhões de casos de contágio pelo novo coronavírus foram oficialmente declarados em todo o mundo, sendo que 70% correspondem à Europa e aos Estados Unidos, de acordo com uma contagem da agência France-Presse.

A contagem do número de casos de infeção de covid-19 tem como base fontes oficiais e foi realizada às 07:30 de hoje.

Verificam-se 5.006.730 casos de infeção de covid-19, entre os quais 328.047 mortos registados oficialmente, sobretudo na Europa.

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