Albuquerque fala em “estrangulamento inaceitável que prejudica o povo da Madeira”
Embora não haja decisão tomada, o presidente do Governo Regional não coloca de parte o cenário de eleições Regionais antecipadas como resposta ao “estrangulamento inaceitável que prejudica o povo da Madeira sem nenhuma razão”, denunciou Miguel Albuquerque, ao início da tarde em Câmara de Lobos.
Em causa o facto de a Região enfrentar uma “situação que necessita de fazer uma operação de financiamento de 300 milhões de euros urgente para ocorrer à situação de emergência social”, nomeadamente com os gastos na Saúde e apoio às empresas e à população, justificou.
Agastado com o silêncio ensurdecedor da República e do Primeiro-ministro, lembrou que “estamos há 60 dias à espera de uma resposta. Essa resposta não vem. Ou está a ser protelada”, acusou.
Por estar dependente da autorização de Lisboa poder fazer a desejada operação de financiamento, contestou a “Lei nacional absurda que proíbe um governo de se socorrer de mecanismos de financiamento para ser pago pela própria região”. Mais ainda por reconhecer que “as pessoas que estão a atravessar situações difíceis precisam de um pacote de emergência financeira para fazer face às dificuldades”. A urgência nos 300 milhões de euros deve-se à necessidade em “continuar a fazer investimentos essenciais na saúde pública”, nomeadamente em medidas profilácticas, em infra-estruturas, equipamentos, medicamentos e testes: “Isso obriga que o Governo [Regional] tenha disponibilidade financeira”, avisou.