Luis Enrique diz que jogar sem público “é mais triste do que dançar com a irmã”
O selecionador espanhol de futebol, o ex-futebolista Luis Enrique, considerou que jogar à porta fechada “é mais triste do que dançar com a própria irmã”, naquilo que é a nova realidade em período de covid-19.
“É mais triste do que dançar com a própria irmã. Não é bonito. Vi a Liga alemã, foi com pena. Entendemos os insultos, perdemos a intimidade dos bons momentos...”, comparou o selecionador, em declarações a um programa espanhol difundido no Youtube.
O antigo jogador de FC Barcelona e Real Madrid, disse ainda que é necessário entender que se trata também de um negócio de muito dinheiro e que mesmo longe do que era antes, “pode ajudar as pessoas a ultrapassarem o confinamento”.
“Recomeçar a ver futebol ou basquetebol é interessante”, acrescentou Luis Enrique.
Perante o cenário da covid-19, o antigo jogador disse não ter medo e que, se fosse atleta, gostaria de regressar à atividade o mais rápido possível, ressalvando as preocupações com os mais velhos e os mais frágeis, os mais vulneráveis à pandemia.
Luis Enrique revelou que nos primeiros tempos sentiu-se fraco, mas que agora está bem e que aproveitou para recorrer ao jardim e treinar em casa, numa rotina em que aprendeu inglês e viu jogos da seleção.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas -- Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França, Países Baixos, Bélgica e Escócia foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho, depois de a Liga alemã ter sido retomada no sábado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 328 mil mortos e infetou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.