Irão, com novos casos, desaconselha deslocações durante festa de final do Ramadão
As autoridades iranianas apelaram hoje à população para evitar qualquer deslocação entre províncias por ocasião do Aid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão, numa altura em que os casos do novo coronavírus estão a aumentar.
O Irão é o país do Médio Oriente mais afectado pela pandemia. Segundo os dados divulgados hoje, já morreram 7.249 pessoas (66 nas últimas 24 horas) com a covid-19 e foram infectadas 129.341 (mais 2.392).
“A nossa maior preocupação” é ter “novos picos da doença devido ao não cumprimento das regras sanitárias”, indicou o ministro da Saúde, Said Namaki, citado pela agência noticiosa Isna.
A agência iraniana Isna foi uma das que noticiou hoje que o novo coronavírus infetou mais de 10 mil profissionais de saúde, citando o vice-ministro da Saúde, Qassem Janbabeei. Mais de 100 daqueles profissionais morreram.
“Peço, portanto, ao caro povo iraniano (...) para não viajar durante os feriados do Aid al-Fitr, porque novas viagens significam novas infecções pela covid-19”, disse Said Namaki.
A festa do Aid é celebrada no domingo e na segunda-feira no Irão. Nesta ocasião os iranianos costumam reunir-se com os familiares e viajarem entre as 31 províncias da República Islâmica.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianuche Jahanpur, indicou hoje na sua conferência diária que não houve novas mortes em 12 províncias e que seis registaram apenas uma morte devido ao vírus.
Namaki lamentou que os cidadãos não respeitem as regras sanitárias nas províncias mais atingidas como a do Khuzestan (sudoeste).
O governo do Presidente Hassan Rohani já foi criticado pela sua gestão da crise.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 328 mil mortos e infectou mais de cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.