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INEM transportou mais de 12.600 casos suspeitos desde o início da pandemia

Foto Global Imagens
Foto Global Imagens

O INEM transportou desde o início de Março uma média de 162 pessoas por dia suspeitas de infecção pelo novo coronavírus, totalizando mais de 12.600 casos, segundo um balanço divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Emergência Médica.

“Desde o início de Março, até ao dia 17 de Maio, o INEM transportou cerca de 12.643 utentes suspeitos de infecção por covid-19”, refere o organismo num comunicado publicado no ‘site’ em que faz um balanço da sua actuação de “78 dias de actividade pandémica” em Portugal.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ressalva que, com a passagem para a Fase de Mitigação no plano de resposta da Direcção-Geral da Saúde à covid-19, qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) é considerada suspeita desta infecção, “obrigando os profissionais de emergência médica pré-hospitalares a cuidados redobrados”.

Todos estes transportes obrigaram a que os operacionais das ambulâncias utilizassem o equipamento de protecção individual (EPI) adequado à situação clínica do utente e adaptassem os procedimentos técnicos a instituir aos utentes assistidos, sublinha.

Desde o início da pandemia, 18 trabalhadores e colaboradores foram infectados, mas a 17 de Maio havia apenas três casos, dois deles prestadores de serviços, adianta, sublinhando que todos foram acompanhados pelas equipas do INEM criadas para o efeito e “nenhum inspirou cuidados”.

Com o objectivo de “detectar precocemente casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus”, o INEM alocou nos aeroportos continentais equipas para monitorizar e avaliar casos suspeitos à chegada.

Entre 20 de Março e 10 de Maio, o INEM monitorizou 1.598 passageiros, tendo sido detectados 10 casos suspeitos.

Foram igualmente controlados 1.916 passageiros do navio cruzeiro MSC Fantasia, aportado em Lisboa, não tendo sido detectado qualquer caso suspeito.

Adicionalmente, o INEM montou tendas de triagem nos hospitais de São João, no Porto, e Dona Estefânia, em Lisboa, e auxiliou na montagem de um “hospital de campanha” em Ovar, com cedência de material e consultoria técnica para montagem da estrutura provisória.

Também disponibilizou equipas de enfermagem para efectuar recolha de amostras biológicas em domicílios, lares ou outras instituições, com “o intuito de diminuir a necessidade de transporte de utentes aos hospitais”.

“Além de diminuir a probabilidade de novos contágios”, esta medida retira pressão às unidades hospitalares, refere o INEM, indicando que as seis equipas já realizaram 7.497 recolhas de amostras para análise.

“Num contexto pandémico, que obrigou ao isolamento social, o INEM soube adaptar-se, tendo criado soluções para que os seus trabalhadores pudessem exercer funções através do regime de teletrabalho”, salientando que “pela primeira vez na história do INEM, técnicos do CODU puderam atender e triar chamadas de emergência a partir das suas casas.

A par de todo este trabalho, INEM continuou “a responder ao trabalho quotidiano, às doenças súbitas e acidentes que não deixaram de acontecer, garantindo a prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar a todos os cidadãos que deles necessitaram”.

Portugal contabiliza 1.277 mortos associados à covid-19 em 29.912 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim diário DGS, que indica que há 6.452 recuperados.

Portugal entrou no dia 3 de Maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março.

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