Trump responsabiliza “incompetência da China” por mortes no mundo
O Presidente dos EUA, Donald Trump, responsabilizou hoje a “incompetência da China” na gestão da pandemia de covid-19 pelas “mortes em massa no mundo”.
“Um maluco na China acabou de divulgar uma declaração culpando toda a gente menos a China pelo vírus, que já matou centenas de milhares de pessoas”, denunciou hoje Trump, na sua conta pessoal da rede social Twitter, sem dizer a quem se referia.
“Por favor, expliquem a esse lunático que foi ‘a incompetência da China’ e nada mais que causou esse massacre em todo o mundo”, escreveu Trump, repetindo uma ideia que tem vindo salientar nas últimas semanas.
Há uma semana, Trump ameaçou cortar todas as relações com a China e disse que, de momento, não voltaria a falar com o Presidente chinês, Xi Jinping, por causa da forma como o país asiático tem lidado com a pandemia que teve origem na cidade de Wuhan.
O Governo chinês alega que se comportou sempre corretamente, desde o início da pandemia, e que transmitiu à Organização Mundial de Saúde (OMS) todos os dados, o mais depressa que foi possível.
Trump também acusa a OMS de estar ao serviço da China, tendo anunciado a suspensão temporária das contribuições financeiras dos EUA a essa agência das Nações Unidas, a quem deu um mês para iniciar reformas e obter resultados significativos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 323 mil mortos e infetou quase 4,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,2 milhões contra mais de 1,9 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais 130 mil contra mais de 168 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.