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Madeira

Madeira apresenta o segundo menor aumento mensal do desemprego registado no País

A Região Autónoma da Madeira apresenta o segundo menor aumento mensal do desemprego registado no País, com 16435 desempregados inscritos.

A nível nacional, o aumento do desemprego atingiu valores mais acentuados com um crescimento de 14,1% a nível global, comparativamente aos valores de março 2020, com a região do Algarve a apresentar o maior aumento (+21,9%) face ao mês anterior.

No fim de abril de 2020, o desemprego registado na Região aumentou face ao mês anterior (+5%, +789 inscritos), ultrapassando o valor homólogo, com mais 242 inscritos do que em abril de 2019 (+1,5%).

Esta evolução resulta dos efeitos da pandemia covid-19. Contudo, importa referir que o número de novas inscrições registadas ao longo do mês de abril, que se fixou em 1.009 inscrições, foi inferior ao seu valor homólogo (1.027 inscrições ao longo do mês de abril de 2019). Esta evolução da procura é mais significativa se tivermos em consideração o baixo valor registado no mês de março (752 inscrições), com o mês de abril a acumular inscrições relativas a situações de desemprego iniciadas em março.

Assim, apesar da suspensão/redução da actividade empresarial, não se registou um aumento extraordinário de novas inscrições. Para esta situação terão contribuído as diversas medidas excepcionais e temporárias implementadas pelo Governo Regional da Madeira, para a manutenção dos postos de trabalho existentes. Efectivamente, regista-se um peso muito superior de pedidos de prestações de desemprego face às inscrições, sendo de cerca de 70% nos meses de março e abril, rácio que era de 40% nos meses homólogos.

De forma sintética, conclui-se que o aumento do desemprego registado em abril não se deveu a um aumento extraordinário de novos desempregados, mas pelas dificuldades na reintegração no mercado de trabalho.

Apesar do contexto desfavorável, o desemprego no final de abril de 2020 é apenas ligeiramente superior ao mês homólogo, sendo significativamente inferior ao mês de abril de anos anteriores (-4,5% do que em abril 2018 e -14,1% do que em abril 2017).

A nível nacional, o aumento do desemprego atingiu valores mais acentuados com um crescimento de 14,1% a nível global, comparativamente aos valores de março 2020, com a região do Algarve a apresentar o maior aumento (+21,9%) face ao mês anterior. A Madeira, com um crescimento de 5% face a março, apresenta o segundo menor aumento mensal do desemprego registado, atrás apenas dos Açores. As regiões autónomas apresentam assim a melhor evolução face ao mês anterior, num patamar muito distante das regiões continentais (globalmente +14,9%).

Efectivamente, quanto às novas inscrições registadas ao longo do mês, a Madeira e os Açores são as únicas regiões a apresentar um valor inferior ao mês de abril de 2019 (-1,8% e -5,0% respectivamente) enquanto que o continente regista um aumento de 78,3%, mais grave na região do Algarve, que triplica o número de inscrições face ao seu valor homólogo (+294,3%).

Face ao mês anterior, o aumento do desemprego teve origem no sector dos serviços (+597 inscritos), e com maior impacto no subsector do “Alojamento e restauração” (+235 inscritos) e nas “Atividades imobiliárias, administrativas e serviços de apoio” (+155 inscritos), este agregando os ex-trabalhadores das empresas da área da limpeza, as empresas de trabalho temporário e as agências de viagens, entre outras actividades. O subsector “Construção”, do sector secundário, assume a 3.ª posição, com mais 142 inscritos do que no final do mês do anterior. Estes 3 grupos profissionais são também os que apresentam maior aumento homólogo (+449, +228 e +158 inscritos do que em abril de 2019, respetivamente). Em sentido contrário, apenas o sector primário apresenta uma ligeira redução do número de inscritos face ao mês de anterior e homólogo (-1,4% e -0,9%).

Em termos de profissões, face ao final do mês de março, regista-se um aumento de inscritos nos grupos “51- Trabalhadores dos serviços pessoais” (+202) e de entre estes os “Cozinheiros” (+65) e os “Empregados de mesa” (+102), e o grupo profissional “52- Vendedores” (+106). Seguem-se os “91 – Trabalhadores de limpeza (+72) e dois grupos de trabalhadores ligados à construção (qualificados, excepto electricistas: +68 inscritos e não qualificados: +57 inscritos).

Comparativamente ao mês homólogo, os “52 -Trabalhadores dos serviços pessoais” mantêm-se como o grupo com maior aumento (+182 inscritos) mas ganha relevo o aumento de inscritos como profissionais qualificados da construção (+118) enquanto evidencia-se um menor número de “52 -Vendedores”. Este grupo, apesar de ter aumentado significativamente face a março (+106), apresenta num volume bastante inferior ao de abril de 2019 (-95 inscritos).

A Região Autónoma da Madeira, de acordo com os dados disponibilizados hoje, é a segunda região do país com um menor aumento do número de desempregados inscritos. A Secretária Regional de Inclusão Social e Cidadania, Augusta Aguiar, sublinha que “a Região Autónoma da Madeira registava, antes do actual cenário de pandemia da covid-19, um trajecto bastante positivo no objectivo de diminuição do desemprego, tendo registado, no 1.º trimestre de 2020, a menor taxa de desemprego em termos do todo nacional, com o valor de 5,6%. Desde 2015, o Governo Regional da Madeira vinha trilhando um caminho muito positivo de crescimento económico e criação de emprego. Estamos conscientes que o cenário atual implica constrangimentos na continuação dessa evolução. Não obstante, o Governo Regional tudo fará para continuar a promover a manutenção e criação de postos de trabalho, com a continuidade do apoio às medidas de criação activa de emprego. Será sempre esse o nosso foco de acção, assumindo a promoção do emprego como um papel determinante para vencer o desafio da crise económica e social actual.”

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