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País

Profissionais de saúde nos Açores reutilizam máscaras após descontaminação

Os profissionais de saúde do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, estão a reutilizar máscaras após descontaminação através de radiação ultravioleta UVC, referindo a unidade que a situação está “de acordo” com as recomendações internacionais.

Contactados pela agência Lusa, os responsáveis pela Hospital do Divino Espirito Santo referem que este é um projecto-piloto de descontaminação de máscaras FFP2/N95 implementado em alguns serviços não relacionados com a pandemia e “está de acordo com as recomendações internacionais”.

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A Secção Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros enviou, entretanto, à directora do hospital de Ponta Delgada uma carta, a que a Lusa teve acesso, onde refere ser “com preocupação” que vê a reutilização de máscaras, tendo recebido “inúmeras exposições relatando alguma preocupação com a validade da referida utilização”.

A Ordem dos Enfermeiros quer ser informada da “metodologia utilizada, assim como do cumprimento do estabelecido pelas entidades reguladoras, nomeadamente a certificação deste processo”.

“Como se demonstra, e provavelmente deve ter conhecimento, os dispositivos destinados a uso único pelo seu fabricante não deverão ser reprocessados a não ser que a entidade responsável pelo reprocessamento garanta a avaliação da conformidade deste dispositivos com os requisitos essenciais no que respeita à segurança, compatibilidade e desempenho dos mesmos”, alerta a Ordem, citando uma circular informativa da Infarmed.

Segundo uma nota enviada à Lusa pelo gabinete de comunicação, está assegurada “a sua segurança e eficácia, assim como determinadas as condições que devem ser cumpridas para se efetuar a descontaminação destes EPI [Equipamentos de Proteção Individual] através da utilização de radiações UVC, no contexto excepcional de pandemia e de escassez mundial de equipamentos de protecção individual, sobretudo de respiradores FFP2/N95”.

O Hospital explica que a implementação deste procedimento teve a colaboração de uma equipa multiprofissional, constituída por médicos, enfermeiros, investigadores, Comissão de Controlo de Infecção e Saúde Ocupacional da instituição, mas “também de outras Instituições de saúde da região e internacionais, designadamente, a Universidade do Nebraska Medical Center e a Associação Internacional de Radiação Ultravioleta”.

O responsável pela Autoridade Regional de Saúde revelou hoje mais um caso de contágio nos Açores e disse que, dos 1.016 casos a aguardar resultados, 410 foram negativos e 606 aguardam por colheita de amostra ou análise laboratorial.

Tendo dado entrada, até às 00:00, novos 194 casos, destes, 37 registaram resultados negativos, enquanto os restantes aguardam por colheita ou análise laboratorial.

Registaram-se, até ao momento, 763 casos positivos na região, enquanto as vigilâncias activas atingem as 2.291 pessoas e os internados nas unidades de saúde da região são 31.

Existem ainda 48 utentes em contexto domiciliário, enquanto os óbitos são 14, todos registados na ilha de São Miguel.

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