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Taxa de desemprego no Reino Unido mantém-se em 3,9% no 1.º trimestre

Foto EPA/ NEIL HALL
Foto EPA/ NEIL HALL

O desemprego no Reino Unido aumentou em 50.000 pessoas no primeiro trimestre deste ano, contra igual período do ano passado, situando-se a taxa de desemprego nos 3,9%, anunciou hoje o Gabinete Nacional de Estatísticas (ONS).

Estes números cobrem quase todo o período anterior à decisão do Governo britânico de ordenar o confinamento da população, no final de março, para controlar a pandemia da covid-19.

O desemprego, que inclui tanto os que beneficiam de subsídios de desempregou como aqueles que não beneficiam, atingiu 1,35 milhões de pessoas no trimestre em análise, segundo o organismo de estatísticas.

A taxa de emprego ficou nos 76,6%, segundo o ONS, adiantando que correspondeu a 33,14 milhões de empregados no trimestre entre janeiro e março, tendo havido um aumento de 448.000 pessoas na comparação com igual período do ano passado, devido sobretudo à subida do número de mulheres no mercado de trabalho.

O especialista em estatísticas do ONS, Jonathan Athow, explicou que, embora os números do desemprego apanhem as primeiras semanas de confinamento devido à pandemia da covid-19, mostram que a crise tem “grande impacto no mercado de trabalho”.

Em março, o emprego em geral manteve-se, apesar de ter diminuído para os trabalhadores do setor de construção e para quem trabalha na hotelaria, bares e restaurantes.

O diretor do Instituto Nacional de Investigação Económica e Social, Jagjit Chadha, disse hoje aos média que, devido ao impacto da pandemia, o desemprego deve aumentar rapidamente para 10%, algo que não se via no Reino Unido desde o início dos anos noventa.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (90.309) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,5 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (34.796 mortos, mais de 246 mil casos), Itália (32.007 mortos, quase 226 mil casos), França (28.239 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.709 mortos, mais de 231.600 casos).

A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.722), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 290 mil).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,1 milhões contra 1,9 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (cerca de 125 mil contra mais de 167 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

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