Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal pressiona Governo para regulamentar animação nocturna, casamentos e batizados
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHREP) pediu hoje ao Governo para proceder à regulamentação da animação noturna e dos promotores de festas como casamentos e batizados, e salientou os riscos de insolvência.
Estas mensagens foram transmitidas pelos vice-presidente da AHRESP Carlos Moura antes de almoçar com o primeiro-ministro, António Costa, e com o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, no Parque das Nações, em Lisboa.
Carlos Moura referiu que a AHRESP já entregou ao Governo um documento com 11 propostas que considera urgentes para fazer face às consequências da paragem económica motivada pela pandemia de covid-19.
“A animação noturna, os promotores de festas de batizados e casamentos ainda não estão regulados para a sua reabertura, mas, certamente, o primeiro-ministro e o seu Governo não deixarão de cuidar para que se retome a normalidade que se deseja. Se tudo correr bem, as autoridades sanitárias também recomendarão que haja abertura e se elimine a norma dos 50% de limite à atividade”, disse, num recado também dirigido à Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo Carlos Moura, a AHRESP tem neste momento “duas grandes preocupações”, a primeira das quais “referente às condições operativas” para conter a propagação do novo coronavírus.
“Considero que demos uma grande lição de responsabilidade, porque não há hoje um espaço que não siga as orientações da DGS e o nosso guia de boas práticas”, declarou, antes de se referir à segunda “grande preocupação” da AHRESP.
“Não podemos assistir à insolvência de muitas empresas que estão em risco. Precisamos que o Governo olhe de uma forma mais específica para o setor, tendo em vista evitar insolvências, revitalizando as companhias e as empresas. Temos de garantir os postos de trabalho”, acentuou.
O vice-presidente da AHRESP salientou depois que a restauração e bebidas “é uma atividade que reúne 240 mil pessoas, às quais se juntam 80 mil do alojamento turístico”.
“Se for em termos de agregado familiar, estão em causa cerca de 1,2 milhões de pessoas. Somos um tecido frágil de pequenas e médias empresas, em que há dificuldade de acesso a algumas linhas de financiamento”, acrescentou.