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Madeira

51% das empresas da Região declararam uma redução superior a 50% no volume de negócios

Na primeira quinzena de Maio, uma percentagem elevada de empresas assinalou dificuldades no cumprimento dos requisitos de higiene e segurança necessários para a retoma da actividade

Dados recolhidos e apresentados pela Direcção Regional de Estatística Ver Galeria
Dados recolhidos e apresentados pela Direcção Regional de Estatística

Na 1.ª quinzena de Maio uma percentagem elevada de empresas assinalou dificuldades no cumprimento dos requisitos de higiene e segurança necessários para a retoma da actividade

Esta é uma das conclusões retiradas pela Direcção Regional de Estatística da Madeira no âmbito da divulgação dos resultados da 1.ª quinzena de maio de 2020 do COVID-IREE – Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas, operação estatística criada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Banco de Portugal (BdP) para avaliar os efeitos da pandemia COVID-19 no tecido empresarial nacional.

As principais conclusões relativas às empresas respondentes na 1.ª quinzena de Maio de 2020 são as seguintes:

Face à situação expectável sem pandemia, 55% das empresas respondentes continuaram a reportar reduções no pessoal ao serviço efectivamente a trabalhar, enquanto 41% informaram não ter havido impacto, sendo que no país estas percentagens foram de 50% e 47%, respectivamente;

A evolução das encomendas/clientes foi o principal factor referido pelas empresas com redução de volume de negócios neste período, enquanto a alteração das medidas de contenção foi o motivo mais citado pelas empresas que reportaram aumentos;

Quando se compara a 1.ª quinzena de maio com a 2.ª quinzena de abril, as empresas apontam maioritariamente para uma estabilização (74%), sendo que 17% apontam para uma variação ligeira do volume de negócios, no sentido ascendente ou descendente. A nível nacional, as percentagens para as duas situações atrás referidas (estabilização ou variação ligeira) são idênticas (41%);

51% das empresas declararam uma redução superior a 50% no volume de negócios e 30% uma diminuição entre 10% e 50%. A nível nacional, 35% das empresas reportaram uma redução superior a 50% do volume de negócios;

Comparativamente à situação expectável sem pandemia, 83% das empresas continuaram a reportar um impacto negativo no volume de negócios e 19% assinalaram não existir impacto. No país, as percentagens correspondentes a estas situações foram, pela mesma ordem, de 77% e 19%;

76% das empresas estavam em produção ou em funcionamento e 23% temporariamente encerradas. A nível nacional, estas percentagens foram de 90% e 10%, respectivamente. Apesar do diferencial para o país, a percentagem de empresas em funcionamento nesta quinzena é a mais elevada desde que o inquérito se iniciou (6 a 10 de abril);

30% declararam uma redução superior a 50% no número de funcionários efectivamente a trabalhar e 14% apontaram para diminuições entre 10% e 50%. A nível nacional apenas 20% reportaram uma redução acima de 50%;

Comparando a situação na 1.ª quinzena de maio com a 2.ª quinzena de abril, 74% das empresas não reportou alterações no número de pessoas ao serviço (70% a nível nacional);

Perto de metade das empresas respondentes (mais precisamente 49%) tinham pessoas em teletrabalho e 44% das empresas registavam a existência de pessoal a trabalhar em presença alternada nas instalações da empresa devido à pandemia. Estas percentagens são inferiores às do país, onde os valores foram de 54% e 46% respectivamente;

86% das empresas apontaram para os custos elevados como uma situação muito relevante ou relevante para a dificuldade de cumprimento dos requisitos para a retoma de actividade enquanto 82% das empresas referiram a indisponibilidade de material de protecção individual (máscaras, viseiras, desinfectante, etc.), a mesma percentagem de empresas (82%) que indicou as restrições no espaço físico;

42% das empresas beneficiaram ou planeiam beneficiar da moratória de créditos, 67% do acesso a novos créditos, enquanto a suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivo está nos planos de 44% das empresas;

21% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas aumentaram o recurso ao crédito na 1.ª quinzena de maio.

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