A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou hoje que o país vai começar a aliviar o regime de confinamento a partir do final do mês.

“Dentro de duas semanas, a minha esperança é que possamos dar alguns passos concretos na caminhada de volta a alguma normalidade”, disse, ao anunciar que pretende apresentar um roteiro com um plano na quinta-feira com medidas para entrarem em vigor a partir de 28 de maio.

Sturgeon disse que, se houver progresso na supressão do coronavírus, os escoceses poderão encontrar-se ar livre com pessoas de diferentes agregados, desde que seja mantida o distanciamento de dois metros, e algumas atividades desportivas poderão ser autorizadas, como golfe e pesca.

Estas atividades já são permitidas em Inglaterra desde a semana passada, mas Sturgeon entrou em conflito com o governo de Boris Johnson por não concordar com a estratégia, que substituiu o conselho geral de “fique em casa” por “fique alerta”.

O País de Gales também optou por divergir das orientações de Londres, que só se aplicam a Inglaterra porque o regime de confinamento é uma matéria sobre a qual os governos regionais têm autonomia.

A diferença de regras resultou na intervenção da polícia galesa para impedir que pessoas viajassem para visitar locais turísticos na região, enquanto na Escócia, o escritor Neil Gaiman também foi admoestado pelas forças de segurança por ter infringido as regras após deixar a Nova Zelândia para se instalar numa casa em Skye.

Entretanto, a Irlanda do Norte, onde hoje abriram lojas de jardinagem e centros de reciclagem, também anunciou o seu próprio plano, como a permissão para até seis pessoas de diferentes agregados se encontrarem ao ar livre e a retoma de desportos como o golfe.

A Escócia registou 2.103 óbitos durante a pandemia covid-19, enquanto que no País de Gales registou 1.207 mortes e a Irlanda do Norte 482, foi hoje anunciado pelas respetivas autoridades.

No balanço de domingo, que junta os dados das diferentes regiões, o Ministério da Saúde contabilizou 34.636 mortes e 243.303 casos de infeção.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.