Autor de ataque em base naval da Florida tinha ligações à Al-Qaeda
O autor de um tiroteio numa base naval dos EUA, em dezembro passado, tinha ligações ao grupo ‘jihadista’ da Al-Qaeda, revelou hoje o procurador-geral, William Barr.
De acordo com o Departamento de Justiça, as autoridades descobriram a ligação ao grupo terrorista quando desbloquearam os telemóveis de Mohamed al-Shamrani, militar da Arábia Saudita e autor do ataque que, em 06 de dezembro em Pensacola, no Estado da Florida, matou três marinheiros e feriu outros oito, antes de ser baleado pela polícia.
As investigações revelaram que Al-Shamrani, de 21 anos, que estava a ser formado pela Marinha dos Estados Unidos na Florida, fora radicalizado pelo menos desde 2015 e que o ataque foi o resultado de “anos de planeamento e preparação”, segundo Christopher Wray, diretor do FBI.
O terrorista acabou por ser morto a tiro por um polícia, após o ataque, numa sala de aula de treino de voo, na base naval de Pensacola, onde militares estrangeiros recebem instrução.
As ligações terroristas foram confirmadas depois de a empresa tecnológica Apple ter ajudado a extrair dados de dois iPhones que pertenciam ao atirador, incluindo um que ficou danificado durante o tiroteio, disse hoje William Barr, numa conferência de imprensa, em Washington.
As autoridades estão convencidas de que Al-Shamrani estava catequizado pela ideologia ‘jihadista’, visitou o memorial aos ataques terroristas de 11 de setembro, em Nova Iorque, tendo depois colocado mensagens antiamericanas nas redes sociais.
Algumas semanas após este tiroteio em Pensacola, as autoridades norte-americanas anunciaram o regresso a casa de 21 militares sauditas que faziam treino naquela base militar, alegando que eles mostravam simpatia pelo movimento jihadista ou que, noutros casos, estavam em contacto com pornografia infantil.
Na altura, William Barr disse que a Arábia Saudita concordou em rever a conduta desses militares, admitindo uma investigação ao seu comportamento.