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Galiza e País Basco marcam eleições para Julho depois de adiamento provocado pela pandemia

Foto Shutterstock
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Os presidentes das comunidades autónomas espanholas da Galiza e do País Basco anunciaram hoje a realização de eleições regionais em 12 de julho próximo, depois de estas terem sido adiadas devido à pandemia de covid-19.

Anteriormente marcada para 05 de abril último, a nova data continua a ser uma antecipação das consultas eleitorais que normalmente se deviam realizar em finais de setembro.

Galegos e bascos irão, assim, novamente às urnas no mesmo dia, como aconteceu em 2009, em 2012 e em 2016.

Depois de uma reunião extraordinária do seu governo regional, o presidente da comunidade autónoma da Galiza, Núnez Feijóo, destacou em videoconferência de imprensa que a segunda semana de julho é a primeira data possível do ponto de vista “legal” e a que tem “menos incertezas” em termos de saúde, de acordo com os relatórios que apresentou na semana passada.

Segundo Feijóo, estes relatórios indicam que a partir da terceira semana de julho, o risco de um ressurgimento aumenta “semana a semana” devido à chegada esperada de turistas de outras comunidades autónomas.

“É menos incerto realizar as eleições no início do verão do que depois de receber milhares de turistas de outras comunidades autónomas”, disse o líder regional.

Núnez Feijóo recordou que a legislatura termina depois do verão, pelo que dilatar a convocatória de eleições, em sua opinião, iria obrigar os galegos a irem às urnas num momento com mais possibilidades de ressurgimento da pandemia e com a uma situação incerta que iria provocar dúvidas sobre a sua realização.

O presidente da Galiza assegurou que as eleições “se realizarão com todas as garantias de segurança sanitária, tanto para os eleitores como para as pessoas que têm de fazer parte das mesas de voto”.

Por seu lado, o presidente do País Basco (lehendakari), Inigo Urkullu, explicou que o seu executivo vai estar atento à evolução da pandemia e, no caso de um ressurgimento significativo da doença, poderia cancelar a data marcada e convocar uma nova antes de 25 de outubro, prazo limite para as eleições se realizarem.

O líder regional defendeu que o cenário atual permite marcar a consulta em julho, porque o País Basco “superou a emergência sanitária” e agora vai passar à fase de “vigilância e controle”, já que “a tendência se inverteu e não há mais perigo de colapso” nos hospitais da região.

Sublinhou ainda que na data escolhida garante que as eleições podem-se realizar com “todas as garantias de saúde e de participação”, precisando que não negociou a data com o governo central, porque a prerrogativa de convocar eleições é apenas sua, embora tenha reconhecido que manteve conversações com Madrid.

Inigo Urkullu chefia um governo minoritário de coligação entre o PNV (Partido Nacionalista Basco, centro-direita) e o PSE-EE (federação basca do PSOE -- Partido Socialista Operário Espanhol).

Por seu lado, o Partido Popular (PP, direita) ganhou em setembro de 2016 as últimas eleições legislativas regionais realizadas na Galiza com maioria absoluta, com 41 deputados em 75, garantindo na altura a continuação de Alberto Núnez Feijóo à frente da Xunta (governo regional).

Espanha é um dos países mais atingido pela covid-19 que, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (89.564) e mais casos de infeção confirmados (quase 1,5 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (34.796 mortos, mais de 246 mil casos), Itália (32.007 mortos, quase 226 mil casos), França (28.108 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.709 mortos, mais de 231.600 casos).

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