JSD/M defende avaliação na Região dos estudantes universitários
Cerca de 1.200 madeirenses que estudam fora encontram-se retidos na Região sem saber como vão fazer os exames
Atendendo aos constrangimentos nas deslocações dos estudantes ao continente, para efeitos de avaliação do segundo semestre, devido às restrições nos voos por causa da pandemia, a JSD/Madeira defende a criação de um modelo alternativo para as regiões insulares de modo a que os universitários madeirenses possam realizar as suas avaliações no domicílio de residência, quer via on-line quer presencialmente nas instalações da Universidade da Madeira (UMa).
A ideia está a ser defendida pela JSD/Madeira que, nesta segunda-feira, reuniu, via Skype, com o Presidente da Federação Académica do Porto e com o Presidente da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico, estando reservados, para esta semana, mais contactos, nomeadamente com o Reitor da Universidade da Madeira.
Recorde-se, conforme o DIÁRIO noticiou na edição impressa desta segunda-feira, cerca de 1.200 universitários madeirenses que frequentam o Ensino superior fora da Região encontram-se retidos na Madeira, o correspondente a 34% do total, tendo apenas 64 conseguido viajar para o continente.
“Neste momento, a nossa preocupação é percebermos que modelos de avaliação é que as Faculdades estão a seguir e que alternativas é que podem ser encontradas para que os nossos estudantes universitários possam evitar a sua deslocação ao continente”, explica o líder da JSD/M, Bruno Melim, sublinhando, todavia e a este propósito, “que seja qual for o modelo a adoptar, terá de haver o cuidado de garantir que não exista discriminação e que os estudantes madeirenses não venham a ser prejudicados, na sua avaliação, em função da sua condição geográfica”.
Há várias questões que, segundo refere, “estão por esclarecer neste momento e urge que sejam tomadas decisões, sob pena de termos estudantes a serem tratados de forma diferente, estando na mesma condição”, sendo certo que, atendendo à pandemia que assola o país, “este assunto deveria ter estado, logo de inicio, em cima da mesa, protegendo e salvaguardando os interesses de todos os Universitários portugueses, independentemente destes viverem em Lisboa, no Porto, na Madeira ou nos Açores”, disse.
“É preciso perceber qual o modelo que irá ser adoptado pelos diferentes estabelecimentos de ensino superior do País e se todas elas já têm definido as regras dessa mesma avaliação, saber se as épocas de exame estão a ser ou não reequacionadas em função das condicionantes que são conhecidas e aferir se as Universidades estão a ter em conta as dificuldades dos estudantes insulares”, sublinha Bruno Melim, que diz ainda ser fundamental conhecer a posição do Ministério da Ciência e do Ensino Superior acerca desta matéria.