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Indicadores da covid-19 em Portugal “mantêm-se encorajadores”

Foto MANUEL DE ALMEIDA/POOL/LUSA
Foto MANUEL DE ALMEIDA/POOL/LUSA

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse ontem que os indicadores referentes à covid-19 “mantêm-se encorajadores”, a dias de o país entrar numa nova fase de desconfinamento.

“Neste momento, os sinais que vemos mantêm-se encorajadores”, considerou a governante, falando na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia da covid-19.

A governante deixou aos portugueses uma “palavra de confiança e simultaneamente de prudência”, garantindo que “todos os dias” são avaliadas as consequências das decisões do executivo.

Marta Temido acrescentou que, nos últimos cinco dias, o número médio diário de novos casos é de 200 e o de óbitos de 12.

O número de testes à doença, prosseguiu a ministra, “tem continuado a crescer, tendo sido realizados mais de 15.800 testes” diários, em média, ao longo dos últimos cinco dias.

“Deixámos os tempos em que a incidência atingiu o seu expoente máximo (...) Felizmente, é uma etapa que ultrapassámos”, concretizou Marta Temido, mesmo reconhecendo que ainda não se pode “observar a totalidade das decisões” tomadas pelo executivo, nomeadamente ao nível das fases de desconfinamento.

Os objetivos de confinamento foram “genericamente cumpridos”, ao nível, por exemplo, da desaceleração da transmissão da infeção e da salvaguarda da capacidade do sistema de Saúde.

“Mas, como todos sabemos, individualmente e coletivamente, as medidas têm o seu ponto de saturação e o confinamento também tem efeitos adversos, e todos aprendemos isso. Desconfinar gradualmente é importante para continuar a proteger as pessoas, essa é mesmo a melhor estratégia”, concretizou.

O impacto da pandemia na economia e na sociedade pode ter “consequências muito sérias”, admitiu ainda a governante, dando exemplos no que refere às “desigualdades em saúde” e à saúde mental dos cidadãos.

Portugal regista hoje 1.203 mortes relacionadas com a covid-19, mais 13 do que na sexta-feira, e 28.810 infetados, mais 227, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

Em comparação com os dados de sexta-feira, em que se registavam 1.190 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1%.

Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus (28.810), os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que há mais 227 casos do que na sexta-feira (28.583), representando uma subida de 0,8%.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

O Governo aprovou na sexta-feira novas medidas que entram em vigor na segunda-feira, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios. O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura das praias para 06 de junho.

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