PSD-M exige reforço dos apoios do Estado às famílias
No Dia Internacional da Família, o Grupo Parlamentar do PSD anunciou a apresentação de uma proposta, na Assembleia da República, no sentido de reforçar os apoios às famílias.
“A classe média tem sido, sobretudo, aquela mais prejudicada em termos de crise e é aquela que, muitas vezes, tem despesas acrescidas”, afirmou a deputada Rubina Leal, numa iniciativa realizada através de videoconferência.
A deputada referiu que “o Governo Regional tem feito um esforço no sentido de apoiar o sector empresarial”, salientando que estas medidas têm sido fundamentais para assegurar o emprego e para acautelar os rendimentos das famílias.
Rubina Leal sublinhou que, no que diz respeito às famílias que apresentam mais carências, é “importante” que o Governo da República, que tem a responsabilidade da Segurança Social, reveja os apoios e que os reforce.
“Não podemos ter famílias com filhos com deficiência que, ao final de seis anos, vejam esse apoio cancelado. Aquilo que nós pedimos é que se alargue o período de concessão do subsídio de assistência ao filho em caso de deficiência, de doença crónica ou de doença oncológica”, vincou a parlamentar.
O PSD propôs também que sejam “alterados e revistos os critérios de atribuição do abono de família”, tendo em conta que, actualmente, o limite de rendimento para ter acesso a este benefício é de seis mil euros. “Isto tem de ser revisto porque é, de facto, um valor muito baixo”, sustentou Rubina Leal.
A deputada referiu-se ainda à situação das famílias monoparentais, lembrando que “as despesas de um casal são muitas vezes iguais às daqueles que estão sós”, considerando por isso importante “rever os apoios e as condições de acesso aos apoios que são dados”.
“Só uma família que esteja equilibrada e que tenha o mínimo para funcionar pode cumprir com as suas funções parentais”, acrescentou, rematando com uma ‘farpa’.
“Se temos um Governo da República que injecta 850 milhões de euros num banco privado, temos que apelar e não podemos deixar que isto aconteça, sem que seja assegurado o mínimo no nosso país, que é apoiar e valorizar as nossas famílias”.