Farsa em tempo de máscaras
O Governo (GO) e o Presidente da República (PR) permitiram ao PCP e à sua central sindical CGTP organizar uma manifestação que afrontou as regras democráticas e quem cumpriu escrupulosamente as obrigações de confinamento decorrentes da imposição do estado de emergência. Mais escandaloso do que a manifestação ter ocorrido foi o facto de a mesma ter sido permitida. O Primeiro Ministro (PM) como é seu timbre quando algo é suscetível de afetar o seu índice de popularidade, procurou logo esquivar-se às críticas e o melhor que arranjou foi endossar a responsabilidade para o PR que por sua vez alegou que quando assinou o decreto governamental que permitiu a situação de exceção para a referida manifestação não se deu conta dos moldes em que a mesma iria realizar-se. Tanto o PM como o PR procuram, cada um com a sua verdade, enjeitar as respetivas responsabilidades nesta farsa que serviu para satisfazer os interesses partidários do PCP e da sua central sindical, que não têm por hábito dar ponto sem o correspondente nó. Esta situação de exceção foi contra o interesse geral dos portugueses, nomeadamente da saúde pública, representou um atropelo às regras democráticas, e contribuiu não para fortalecer mas debilitar e desacreditar o nosso regime democrático. A comemoração confinada do 25 de Abril em face da manifestação não confinada do PCP e da CGTP no 1º de Maio significou secundarizar o ideal democrático em favor de uma ideologia partidária. Tal só poderá favorecer os mentores dos regimes ditatoriais como o que vigora na R. P. da China onde a ditadura comunista elimina os que se atrevem a desmascarar a “verdade oficial” como aconteceu com os médicos que denunciaram a existência do Covid19. Por isso esta farsa em tempo de máscaras protagonizada pelo PR o PM o PCP e a CGTP serviu apenas para menorizar e menosprezar a Democracia e gerar revolta em quem cumpre as suas obrigações em favor do interesse público de acordo com as regras do regime democrático.