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Cuba rejeita críticas e devolve acusações de terrorismo aos Estados Unidos

O Governo de Cuba rejeitou hoje a inclusão na lista de países não cooperantes dos esforços antiterroristas dos EUA, alegando estar a ser “vítima” do terrorismo “organizado, financiado e executado” por Washington.

“Cuba é vítima de terrorismo. Há uma longa história de atos terroristas cometidos pelo governo dos EUA contra Cuba”, disse o diretor do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Fernández de Cossío, através da rede social Twitter.

Esta reação oficial de Havana surge em resposta ao anúncio feito hoje pelo Departamento de Estado dos EUA de incluir Cuba na lista de países que “não cooperam totalmente” com os esforços antiterroristas dos EUA, uma medida que proíbe, nomeadamente, a venda de armas ao país e que também é aplicável à Venezuela, Irão, Coreia do Norte e Síria.

Este responsável pelas relações com os EUA no Ministério das Relações Exteriores de Cuba, denunciou “a cumplicidade das autoridades americanas com indivíduos e organizações que organizaram, financiaram e executaram tais ações [terroristas] a partir do território americano”.

Carlos Fernández de Cossío fala em vários ataques (desde sequestros de aviões a planos para assassinar líderes) reivindicados por grupos anti-Castro nas últimas seis décadas, principalmente durante a Guerra Fria, embora Havana também descreva como terrorista o ataque armado à embaixada em Washington, há duas semanas, por um indivíduo com transtornos mentais, de acordo com pesquisa dos EUA.

De qualquer forma, o anúncio de hoje chega num momento de fortes tensões entre os dois países e vai ao encontro das pretensões de vários setores cubanos exilados nos Estados Unidos, invocando os laços de Cuba com a Venezuela e a Nicarágua.

Em comunicado, o Departamento de Estado de Washington acusou Cuba de “conceder refúgio a vários fugitivos da Justiça (EUA) por acusações de violência política” e deu o exemplo de Joanne Chesimard, incluído na lista dos terroristas mais procurados pelo FBI por ter assassinado um agente do Estado de Nova Jersey, em 1973.

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