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Grupo espanhol dono do Minipreço desce prejuízo para 142,6 ME no 1.º trimestre

O grupo espanhol Dia, dono do Minipreço em Portugal, terminou o primeiro trimestre do ano com um prejuízo de 142,6 milhões de euros, uma melhoria de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado, informou hoje a empresa.

No relatório de resultados enviado para a Comissão Nacional do Mercado de valores (CNMV) espanhola o Dia afirma que as suas contas foram afetadas pela depreciação do real brasileiro, com um impacto negativo estimado em 66,5 milhões de euros.

O volume de negócios líquido diminuiu 2,1%, para 1,696 mil milhões de euros, em parte devido ao encerramento de 12% da sua rede de lojas, mas as suas vendas em termos comparáveis (comparando os resultados com os mesmos estabelecimentos) cresceram 2,6%.

A cadeia de supermercados sublinhou que o seu valor de vendas reflete o “progresso” alcançado pelo seu plano de transformação, mas também o aumento de rendimento observado em março como resultado do coronavírus, que levou a um maior consumo interno, depois do encerramento do negócio de hotelaria e restauração e a aprovação do confinamento social.

O grupo revela que os custos associados à pandemia de covid-19 ascenderam a 22 milhões de euros, incluindo o pagamento de prémios ao pessoal por trabalhar durante a crise e a aquisição de equipamento de saúde.

Em termos de rentabilidade, o lucro bruto de exploração (EBITDA) do Dia aumentou 266%, para 60,7 milhões de euros.

A empresa encerrou 121 supermercados nos primeiros três meses do ano e terminou março com um total de 6.506 lojas, das quais 42% operam em regime de franchising.

Por mercado, as receitas líquidas do grupo aumentaram 1,9% em Espanha, para 1.059,9 milhões de euros, 4,3% em Portugal, para 148,9 milhões, e 5,6% na Argentina, para 235,8 milhões.

Por outro lado, no Brasil, o volume de negócios caiu 23%, para 251,5 milhões de euros, com a operação “muito afetada pelos esperados encerramentos das lojas com piores resultados e pelo efeito monetário adverso”.

Quanto à sua situação financeira, o volume de dívida líquida da empresa fechou o primeiro trimestre em 1.945 milhões de euros, menos 4% do que no final de 2019.

O presidente do Dia, Stephen DuCharme, salientou o crescimento das vendas comparáveis do grupo, que se prepara já para entrar numa segunda fase do seu processo de transformação, para implementar um “novo modelo operacional” baseado no “reforço e melhoria da gestão” de cada mercado em que opera.

O grupo espanhol terminou 2019 com um prejuízo de 790,5 milhões de euros.

O grupo Dia encontrava-se num processo de dissolução por falência técnica desde finais de 2018 quando um dos seus acionistas, o milionário russo, Mikhail Fridman, tomou o controlo maioritário da empresa no início de 2019 e iniciou um processo de recuperação.

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