DGS admite que situações particulares em lares obriguem a atrasar visitas
A diretora-geral da Saúde disse hoje que “a grande maioria dos lares” estará em condições de retomar as visitas na segunda-feira, mas admitiu que existem “situações particulares” que, sendo avaliadas pelas autoridades de saúde locais, poderão ser “diferidas”.
“O país é bastante assimétrico. Há situações particulares, onde de acordo com a avaliação do risco das autoridades de saúde, as visitas poderão ser diferidas para uma outra data. Mas na grande maioria dos lares estaremos em condições”, disse Graça Freitas.
Na segunda-feira foi anunciado que as visitas aos lares de idosos vão ser retomadas em 18 de maio, ou seja no início da próxima semana, mas vão ser sujeitas a agendamento prévio e, numa fase inicial, serão limitadas ao máximo de uma visita por semana e por utente.
Numa informação publicada no seu site, a Direção-Geral da Saúde (DGS) referia que este limite de um visitante por utente uma vez por semana poderá ser ajustado mediante as condições da instituição e a situação epidemiológica observada na zona onde o lar está localizado.
As visitas vão ter um tempo limitado, não devendo exceder os 90 minutos, acrescenta.
Hoje, Graça Freitas, que falava aos jornalistas na conferência de imprensa diária de ponto de situação sobre a pandemia covid-19 em Portugal, frisou como “regra muito importante” não só “preparar os profissionais dos lares para esta retoma de visitas, mas também o diálogo com as famílias”.
“Há toda uma pedagogia que deve ser feita para que se cumpram circuitos, medidas de prevenção e controlo de infeção. Estas medidas aprendem-se e as pessoas aderem a elas se as perceberem”, afirmou.
Portugal contabiliza 1.163 mortos associados à covid-19 em 27.913 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 19 mortos (+1,7%) e mais 234 casos de infeção (+0,8%).
Das pessoas infetadas, 709 estão hospitalizadas, das quais 113 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 3.013.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.