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Moçambique suspende voos internacionais até 31 de Maio

Moçambique suspendeu voos internacionais até 31 de maio, para travar casos importados de infeção pelo novo coronavírus, disse à Lusa fonte do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM).

A decisão baseia-se no facto de as autoridades terem registado “uma subida de casos de covid-19”, disse João de Abreu, presidente do IACM.

“Estamos a operacionalizar os dois decretos presidenciais que limitam a entrada e saída de pessoas em território nacional”, acrescentou João de Abreu.

De acordo com o presidente do IACM, há exceções para voos humanitários, de carga ou de Estado.

Desde a declaração do estado de emergência, em 01 de abril, apenas a Ethiopian Airlines continuava a fazer voos para Moçambique, efetuando dois voos por semana.

“A Ethiopian Airlines era a única que continuava a voar, mas também com algumas restrições. Eles só podiam trazer os moçambicanos que decidiam regressar à sua pátria e levar daqui cidadãos estrangeiros para os seus respetivos países. Mas agora já não poderá voar”, afirmou.

Do total de 104 casos de covid-19 registados em Moçambique, 10 são importados e 94 de transmissão local.

O país vive em estado de emergência até final de maio, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.

Durante o mesmo período, há limitação de lotação nos transportes coletivos com obrigatoriedade do uso de máscaras, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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