Sindicato da PSP queixa-se de “utilização restrita” de equipamentos de protecção individual
O Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol) queixou-se hoje ao ministro da Administração Interna (MAI) de que os equipamentos de proteção individual, em época da pandemia, têm “utilização restrita em alguns casos”.
Na missiva enviada ao ministro, o presidente do sindicato, Armando Ferreira, afirma que os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) “continuam a ser de utilização restrita, em alguns casos sujeitando-se os policias, inclusivamente a terem de elaborar peças de expediente para utilizarem os referidos EPI e mesmo de terem de pedir autorização superior para a sua utilização”.
“No período pandémico em que Portugal e o mundo se encontram, não consegue este Sindicato compreender como é possível acontecer nos dias de hoje, o anteriormente descrito. Sendo obrigação da tutela salvaguardar a segurança dos policias e garantir a existência e fornecimento adequado de máscaras de proteção individual com a regularidade que a utilização das mesmas assim exige”, questiona a estrutura em comunicado.
O Sinapol diz que aguarda que o ministro da tutela, Eduardo Cabrita, “ altere a forma como a PSP está a gerir a atribuição e uso dos EPI, com a maior brevidade possível” e se, “caso tal não aconteça, este o sindicato informa que irá recorrer aos meios judiciais para obrigar o Governo a cumprir com aquela que é uma das suas missões, neste caso, proteger os profissionais de policia”.
Em declarações à Lusa, salientou que os polícias “não têm de receber a colaboração de particulares e de empresa para terem os equipamento”, sendo essa uma responsabilidade do Estado e da Direção Nacional da Polícia.
Armando Ferreira não exclui pedir uma medida cautelar para caso da tutela não resolver a situação.
Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.